Presidente Macron lançou debate sobre crise em França

O Presidente francês, Emmanuel Macron, escolheu a pequena comuna de Gasny, na Normandia, para lançar o debate nacional sobre a crise política e social em França, provocada pela revolta dos coletes amarelos. O presidente diz estar aberto a um debate aberto e ouvir as denúncias dos franceses, mas no movimento dos coletes amarelos e os franceses duma maneira geral mostram-se cépticos.

Presidente Macron, lançou na Normandia debate nacional sobre crise social e política em França REUTERS/Gonzalo Fuentes

A crise dos coletes amarelos é uma "oportunidade para reagirmos com mais vigor" e continuarmos a reformar mais profundamente", declarou o Presidente francês, Emmanuel Macron, na pequena comuna de Gasny, na Normandia, no dia do lançamento do grande debate nacional, que vai durar 2 meses. 

"Não quero dizer que os coletes amarelos constituem um movimento social de um novo tipo, que vamos esperar que se canse e a vida continuar na mesma. Mas é uma oportunidade para irmos mais depressa". 

Para Macron, "há que pedir constantemente a opinião das pessoas, porque "não pensa que seja perda de tempo; pelo contrário, é um tempo para permitir reformas porque as pessoas querem mudanças", sublinhou Macron.

Só que o Presidente diz querer debater todos os assuntos, mas afastou por exemplo a questão do imposto sobre as grandes fortunas e os mais ricos duma maneira geral, uma reivindicação dos coletes amarelos.  

O presidente, que fez esta deslocação à pequena comuna, debaixo dum grande  dispositivo de segurança, foi recebido por centenas de pessoas, nomeadamente, adolescentes, gritando "Macron demissão, queremos debater".

Para pilotar o debate nacional, dois ministros, Emmanuelle Wargon, da Transição Ecológica e Sébastien Lecornu, do Ordenamento territorial, o que provoca denúncias e críticas, entre os coletes amarelos e certas personalidades.

Para Pedro Viana, universitário e membro do conselho científico da revista "Migrations et Société", "este debate não dará em nada, porque o governo já disse que não voltará atrás nas suas medidas.

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Pedro Viana, universitário e membro do conselho científico da revista Migrações e Sociedade

Os franceses duma maneira geral, mostram-se cépticos, sobre a pertinência do debate e segundo uma sondagem da Elabe para a televisão BFMTV, apenas 40% pensam participar e somente 34% consideram que haverá uma solução para a crise que a França está a viver.