Joana Vasconcelos trouxe uma nova “Valquíria” a Paris. Uma figura alegórica que faz parte do seu vocabulário plástico e que representa uma deusa guerreira capaz de devolver a vida a soldados caídos nos campos de batalha. Desta vez, a guerreira chama-se Simone e aparece vestida de branco, com dimensões monumentais a invadirem o luxuoso Bon Marché. A arte, o luxo, a mulher, a artista e a guerreira numa entrevista para ouvir aqui.
Nascida em França em 1971, Joana Vasconcelos foi a primeira mulher e a mais jovem artista a expor no Palácio de Versalhes, em 2012, depois de nomes como Jeff Koons, Xavier Veilhan e Takashi Murakami, tendo sido chamada “A Rainha de Versalhes” pela revista Madame Figaro.
Em 2013, expôs uma obra na mostra Miss Dior, no Grand Palais e foi uma das artistas escolhidas para a mostra "Women House" no museu La Monnaie de Paris, em 2017.
No ano passado, expôs no Hôtel des Arts de Toulon e no Museu de Arte Moderna e Contemporânea de Estrasburgo. Este ano, vai inaugurar duas obras de arte pública em estaçéoes de metro em Paris e Nice.
Entre herança do ready-made e códigos da pop art e do novo realismo francês, Joana Vasconcelos descontextualiza e subverte objetos banais e transforma-os em enunciados plásticos de reflexões sobre o estatuto da mulher, da sociedade e da própria arte.
Agora, Joana Vasconcelos é a quarta artista a ser convidada para expor no Bon Marché, depois de Ai Weiwei, em 2016, Chiharu Shiota em 2017 e Leandro Erlich em 2018. Para este espaço emblemático da moda, a artista criou uma ‘escultura de alta-costura’, com técnicas portuguesas artesanais, rendas, bordados, brilhos e luzes. A instalação “Branco Luz” pode ser vista até 17 de Fevereiro no Bon Marché, em Paris.
Para ouvir a entrevista, clique na imagem principal.
Para ver o vídeo de apresentação com a artista clique abaixo.
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