As primeiras páginas da imprensa diária francesa estão dominadas pela actualidade nacional, com excepção para LE MONDE que destaca a situação na Venezuela.LE MONDE, titula, Venezuela: golpe de força da oposição. O presidente da Assembleia nacional e chefe da oposição, Juan Guaidó, 35 anos, autoproclamou-se ontem Presidente da Venezuela. Nicolas Maduro, tinha sido reeleito em maio de 2018, no termo de um escrutínio contestado e tido como ilegítimo por uma grande parte da comunidade internacional.Jan Guaidó, reconhecido, imediatamente, pelos Estados Unidos, Canadá e os principais países da América latina, com excepção de Cuba e do México. Por seu lado, Maduro, anunciou que cortava as relações diplomáticas com os Estados Unidos, mas o seu futuro está nas mãos das forças armadas, que até agora o apoiaram, nota, LE MONDE.O mesmo vespertino refere-se à Polónia onde a televisão é acusada de atiçar um discurso de ódio. Após o assassínio do presidente da câmara municipal de Gdansk, a oposição critica o clima de propaganda alimentado por defensores do Partido conservador no poder. Gdansk, foi a primeira cidade na Polónia a ter uma assembleia consultiva que incluia habitantes estrangeiros para integrar a sua perspectiva nas políticas municipais, nota, LE MONDE.Mudando de assunto na actualidade francesa, LE FIGARO, titula, professores: as razões de um mal-estar. Os professores que se sentem desconsiderados foram apelados a fazer greve esta quinta-feira. O descontentamento dos professores tem raízes nas suas condições de trabalho que denunciam para além de pensarem não terem a estima dos franceses. Não é o que diz a sondagem Odoxa para LE FIGARO e rádio Franceinfo, a afirmar que os franceses apoiam os professores que consideram não serem suficientemente considerados pela sua administração, confrontados ainda cada vez mais com alunos indisciplinados. Mas tal não impede que os franceses defendam uma reforma do exame final dos liceus, contrariamente aos sindicatos dos professores duma maneira geral, nota, LE FIGARO.Por seu lado, LIBÉRATION, titula Renault, Gone na cadeia e ao volante uma dupla. O conselho de administração da Renault confirmou a demissão do até agora PCA, Gone e nomeou uma direcção bicéfala: Jean-Dominique Senard, de 66 anos, é o novo Presidente não executivo, enquanto, Thierry Bolloré, 55 anos, que já era braço direito de Gone, é nomeado, director geral da Renaul, que estava sem PCA há 9 semanas, desde a prisão de Gone em Tóquio, pelas autoridades japonesas, acusado de fuga ao fisco no Japão, acrescenta, LIBÉRATION.Jornalismo, crise de confiança, é o título do jornal LA CROIX. Credibilidade em queda livre, independência insuficiente, o barómetro do jornal e Kantar é um alerta destinado às redacções dos meios de comunicação social. Segundo o estudo, 69% dos franceses consideram que os jornalistas não são independentes.Sobre a crise dos coletes amarelos, 51% dos franceses consideram que os jornalistas dão um mau tratamento à questão bem tratada apenas por 32% dos nacionais. Sobre esta crise, 64% franceses afirmam no barómetro que se informam mais nos jornais, enquanto são 38% que têm como fonte a rádio e 37% para as televisões de informação contínua.Mas globalmente, 50% dos franceses ouvem mais a rádio, 44% lêem jornais, 38 vêem a televisão e 25% informam-se na Internet. A crise dos coletes vermelhos é acompanhada nas redes, sobretudo, Facebook, com 26%, acrescenta, LA CROIX.Como sair desta desconfiança, pergunta, em título, L'HUMANITÉ. Tendo em conta o olhar negativo em relação aos jornalistas, impõe-se uma informação fiável e pluralista como aposta democrática. A multiplicação de agressões a jornalistas nas últimas semanaas durante as manifestações é reveladora de um divórcio entre o público e os meios de comunicação social, nota, L'HUMANITÉ.Enfim, em relação à África, LE FIGARO, dá relevo a Félix Tshisekedi, antigo opositor investido hoje como presidente após uma eleição orientada pelo seu predecessor Joseph Kabila. Oficialmente, Tshisekei, ganhou a eleição presidencial por 38% dos votos, enquanto o seu adversário, também opositor, Fayulu, ficou com 34% por cento. Mas estes números foram rapidamente contestados pela Igreja católica e depois por uma fuga de informação do interior mesmo da Comissão eleitoral, afirmando que o vencedor tinha sido Fayulu, com 60% dos votos. Uma reunião de emergência da UnIão africana, chegou à conclusão que havia dúvidas sobre a vitória de Tshisekedi, tendo pedido um adiamento da publicação dos resultados oficiciais, o tempo, para uma missão de inquérito, mas o Tribunal constitucional, preferir proclamar Tshisekedi vencedor.Este escândalo congolês criar fracturas no seio da UA, com alguns membros como a África do sul apoiando Tshisekedi, e outros, como Rwanda e Angola, receando com a fraude eleitoral não conduza à revolta e instabilidade com reflexos nos seus próprios países, acrescenta, LE FIGARO.
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