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Revista de Imprensa

Medidas de Emmanuel Macron custam 17 mil milhões de euros

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Os jornais franceses dão destaque a África, Espanha e França.Na vertente francesa:No vespertino "Le Monde", o título é: “As medidas de Macron vão custar 17 mil milhões de euros”. Após os anúncios do presidente francês, Emmanuel Macron, a 25 de abril para responder à crise dos coletes amarelos, o primeiro-ministro, Edouard Philippe apresentou o calendário das reformas. Um plano de acções levado a cabo nos próximos seis meses.O diário revela também o custo total de todas as medidas do presidente. As primeiras tomadas em finais de 2018 custarão 10 mil milhões de euros, enquanto estas últimas anunciadas vão custar à volta de 7 mil milhões de euros. Apesar dos custos elevados, o Ministro das contas públicas, Gérald Darmanin, afirmou que a redução do défice a 2% do PIB, previsto no programa de estabilidade orçamental, será respeitada.O título do "Le Figaro" é "Calendário, Financiamento: os desafios do Plano Macron”. O diário tenta dar as grandes linhas do possível financiamento das medidas do Presidente. No entanto, políticos admitem que não será apenas necessários 17 mil milhões para esses desafios: Albéric de Montgolfier, Relator do Partido dos Republicanos da Comissão das Finanças do Senado, afirmou que a não supressão dos 120 mil cargos na função pública vai custar 3 mil milhões de euros ao Governo.A questão acaba por ser: onde ir buscar 20 mil milhões de euros? Por enquanto duas respostas: a aplicação de uma taxa de 3% de impostos sobre as receitas - e não sobre os lucros - das empresas digitais designadas pelas iniciais GAFAM - Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft - e de outras plataformas digitais com um volume de negócios de 750 milhões de euros a nível mundial e de mais de 25 milhões de euros em França. As receitas deverão rondar os 400 milhões de euros.Outra medida, adiar a redução dos impostos para as empresas, que deverá permitir poupar cerca de 1,5 mil milhões de euros. Estaríamos em 2 mil milhões de euros de receitas, mais 1,5 mil milhões de euros cujo Governo não divulgou de onde viria.Outras receitas poderão vir a acrescentar-se, mas o jornal acredita sobretudo que o método será como de costume, aumentar o défice e a dívida pública.No resto do mundo eis os outros temas em destaque:O diário “Libération” titula: “A Remontada”, fazendo referência à esquerda espanhola que venceu as eleições legislativas. Menos de um ano após a chegada ao poder do Primeiro-ministro socialista Pedro Sánchez, a aposta foi ganha. No entanto terá de formar uma coligação. Esse aspecto é deverás mais complicado. O Partido Socialista espanhol tem 123 deputados, no entanto para governar, tem de chegar aos 176. Uma dor de cabeça para Pedro Sánchez. Entre os centristas de Ciudadanos, uma extrema esquerda com o Podemos, ou ainda com nacionalistas como os bascos ou os catalães, as possibilidades são múltiplas mas complexas. A grande surpresa destas eleições foi o partido de extrema direita Vox que arrecadou 24 deputados.O jornal comunista "L'Humanité" aborda o assunto espanhol com o título: “O dilema de Pedro Sánchez”. Os socialistas venceram as eleições gerais, no entanto sem maioria, alianças serão obrigatórias. Para o diário o ponto positivo para o Partido Socialista é ter triunfado após um ciclo de 11 anos a acumular derrotas. No entanto depois da euforia, Pedro Sánchez vai ter de criar alianças, a parte mais complicada. O jornal francês lembra também que o Partido Popular, na direita, que venceu as eleições em 2016, acabou por sair derrotado e começa a ser pressionado, à direita, pelo partido Ciudadanos. É o pior resultado do PP, que passou de 137 deputados para 66 (!), sendo que Ciudadanos tem 57.Para fechar uma vertente africana,No diário católico “La Croix”, o destaque é o Burkina Faso que está a sofrer ataques jihadistas. Dois homens mataram seis pessoas no domingo, sendo que os católicos e os professores têm sido alvo dos extremistas.O jornal lembra que matar católicos durante um acto religioso, como aconteceu no domingo, é inédito no Burkina Faso desde o início da insurreição jihadista em 2015. O ataque do passado domingo ocorreu apenas dois dias depois de uma escola ter sido atacada , tirando a vida a seis pessoas, entre as quais cinco professores.

Revista de Imprensa francesa.
Revista de Imprensa francesa. RFI/Marco Martins
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