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França

Polícia francesa investigada por violência

O Procurador-Geral de Paris anunciou haver agentes da polícia sob investigação por terem sido violentos sem justificação. Rémy Heitz garantiu que estes agentes vão ter de enfrentar a justiça.

Manifestação dos coletes amarelos em Paris.
Manifestação dos coletes amarelos em Paris. REUTERS/Gonzalo Fuentes
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Apesar das mobilizações do movimento dos coletes amarelos ter perdido fulgor, estão previstas várias manifestações para este sábado, 1 de Junho.

De acordo com os dados do ministério do Interior, 12.500 pessoas saíram às ruas na semana passada.

O Procurador-geral de Paris, Rémy Heitz, anunciou que 174 investigações estão em curso. Elementos da polícia são suspeitos de recorrer à violência sem legitimidade, desde o início do movimento de coletes amarelos.

Por enquanto nenhum polícia foi indiciado, mas "todos os procedimentos serão analisados ​​com muita atenção, não haverá classificações de acompanhamento, e haverá encaminhamentos da polícia para o Tribunal de Grande Instância até o final do ano", afirmou o procurador-geral de Paris.

Stanislas Gaudon, porta-voz do sindicato de polícia Alliance rejeita as declarações do procurador, "são declarações que as nossas fileiras vêem com maus olhos. Questionamos estas declarações, feitas numa altura em que as manifestações dos coletes amarelos estão mais calmas e num momento em que os meus colegas conseguiram restabeleceram a ordem pública a custo de 1800 homens feridos, de horas suplementares que vão ser contabilizadas por centenas ou até milhares para a manutenção da calma num cenário extremamente complicado vividos nos últimos seis meses", afirmou.

As palavras do Procurador-geral de Paris provocaram agitação na polícia.

"O Procurador saiu da sua função, usou a palavra violência e disse que o uso da força não era legítima. Pronunciou-se antes do julgamento. Não cabe ao procurador da república anunciar as sanções à polícia. Não vamos confundir funções. Uma investigação é algo sério, quando existe recurso à força, e lembro que foi de forma legítima, temos o direito de recorrer à força de forma proporcional e segundo as circunstâncias regulamentares", concluiu.

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