Crise nas urgências perdura em França
Esta quinta-feira, Paris foi palco de novo protesto dos trabalhadores dos serviços de urgência dos hospitais. O movimento, que começou em meados de Março e que tem sido acompanhado por greves e manifestações, denuncia a falta de meios e de efectivos, os baixos salários e a sobrecarga de trabalho.
Publicado a:
Mais de 200 manifestantes desfilaram hoje até ao ministério da Saúde, em Paris, em protesto contra as condições de trabalho nas urgências dos hospitais. O movimento começou em meados de Março e tem sido acompanhado por greves em todo o país e vários protestos.
Esta tarde, a ministra da Saúde, Agnès Buzyn, prometeu uma “estratégia conjunta” para reformar o sector e disse ter pedido ao Conselho Nacional de Urgências Hospitalares e a um deputado para trabalharem sobre “a adaptação das urgências às novas necessidades”. Dessa análise deverá sair um relatório, no Outono, mas a espera é demasiado longa para um serviço que se quer urgente, alertam os trabalhadores.
Em causa, os baixos salários, a falta de efectivos, a sobrecarga de trabalho e a falta de meios técnicos. Em vinte anos, de 1996 a 2016, o número de pacientes nas urgências passou de 10 milhões para 21 milhões e “o trabalho duplicou, mas os meios não”, denunciam os trabalhadores.
Esta quarta-feira, a Ordem dos Médicos reclamou mesmo “negociações urgentes” após várias requisições civis, nomeadamente na cidade de Lons-le-Saunier, onde a polícia teve de ir chamar médicos às suas casas, durante a noite, porque não havia pessoal suficiente nas urgências visto que se encontravam de baixa.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro