As primeiras páginas dos jornais franceses estão dominadas porque questões socio-económicas e desportivas como mundial de futebol feminino.Luta contra paraísos fiscais dá os seus frutos, titula, LE MONDE. O montante das contas bancárias offshore caiu 34% em 10 anos, segundo um relatório da OCDE, tornado público esta sexta-feira, 7 de junho. Esta baixa atinge a soma de 489 mil milhões de euros e é o primeiro efeito das medidas de cooperação dos Estados para combater a evasão fiscal. A troca automática de dados bancários instalados por uma centena de países permite seguir a traçabilidade das contas abertas por contribuintes no estrangeiro. Resta uma grande incógnita: os Estados Unidos. Esse país recusa participar numa troca de informações e poderia recuperar uma parte do dinheiro evaporado, acrescenta, LE MONDE. Por seu lado, LE FIGARO, titula, fracasso do casamento com Fiat mergulha Renault na escuridão. Enquanto o grupo italiano retirou a sua oferta de fusão, a Renault esforçar-se para salvar a sua aliança com a Nissan.O grupo automóvel Fiat Chrysler interrompeu brutalmente as negociações com vista a uma aproximação da Renault, depois que o Estado pediu um prazo de alguns dias. Numa entrevista ao jornal LE FIGARO, o ministro francês da Economia, Bruno Le Maire, justifica a sua posição e afirma que uma tal operação não podia ser decidida sem o acordo da Nissan. O fracasso desta fusão fragiliza o grupo Renault e o seu novo presidente, Dominique Senard.Gigante de papel, é o editorial do FIGARO, a sublinhar que era difícil sonhar melhor. A fusão entre os grupos Renault e Fiat Chrysler devia dar, no papel, ao nascimento de um gigante mundial de automóvel, com ramificações em Ásia e América. Um mastodonte industrial dotado duma forte pujança financeira preparada para a revolução do carro eléctrico e do veículo autónomo.Este projecto ambicioso caiu por terra. Há que lamentar? Agora, o grande desafio é garantir um futuro à Renault, acrescenta, LE FIGARO, no seu editorial.Mudando de assunto no internacional, o segundo título do FIGARO, vai para as praias de desambarque da Normandia que uniram Macron e Trump. Reunidos no cemitério americano de Colveille-sur-Mer, por ocasião do 75° aniversário do desembarque, os presidentes francês e americano puseram entre parêntesis as suas divergências e sublinharam os valores comuns que unem os Estados Unidos e a França. "A América é grande quando combate pela liberdade dos outros", declarou o presidente Macron, apelando o presidente Donald Trump a não pôr fim à aliança dos povos livres e a permanecer fiel à promessa de Normandia. "Hoje, a América é mais forte do que nunca" disse por seu lado, Donald Trump, para mais tarde elogiar a sua relação excepcional com Macron, nota, LE FIGARO.Ainda em França, LIBÉRATION, titula, mundial 2019 de futebol, o toque feminino. O campeonato do mundo começou hoje com o jogo de inauguração entre a selecção feminina da França e a sua congénere da Coreia do Sul, ocasião para fazer brilhar mediaticamente um desporto que até agora é monopolizado por homens.Encimando uma foto da selecção azul francesa, o título, Novos rostos do futebol, do jornal L'HUMANITÉ. França recebe o 8° mundial feminino. Um evento que pode contribuir para a mudança de mentalidades.Futebol feminino, ponta pé de saída, titula, LA CROIX. É a primeira vez que França acolhe a Copa do mundo de futebol feminino, permitindo as azuis sairem da sombra. São futebolistas em vias de profissionalização, uma evolução feminina que deixa de ser atípica, nota, LA CROIX.Enfim, sobre o continente africano, LE FIGARO, dá relevo ao Sudão, para se referir à revolução massacrada em Cartum. Após o massacre de 108 manifestantes pacíficos, na segunda-feira, Sudão foi suspenso da União Africana. Havia meses que manifestantes ocupavam as ruas na esperança duma revolução refrescante, mas a força brutal via o desfecho duma outra maneira.Videos difundidos nas redes sociais, apesar do bloqueio da Net, mostram soldados armados com canas de bambu açoitando manifestantes, enquanto militares disparavam de modo indiscriminado contra manifestantes na esplanada do quartel geral do exército, acrescenta, LE FIGARO. Para L'HUMANITÉ é Corno de África, um silêncio de morte abana o Sudão, onde após 108 mortos, fica rompido o diálogo entre a junta e os revolucionários.
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