Primeiro-ministro francês relança reformas sociais em França
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As primeiras páginas dos jornais franceses estão dominadas por assuntos de política interna, com excepção do jornal Le Monde que volta à questão do Huawei e espionagem. LE MONDE, titula, 5G preocupa serviços europeus de segurança. Os riscos de espionagem denunciados pelos Estados Unidos para isolar o grupo chinês Huawei, não são os únicos perigos da futura rede sem fios. O 5G poderia tornar muito complicadas as escutas, identificações e localizações praticadas pelos serviços de informações e polícia. Um relatório de Gilles Kerchove, coordenador da política anti-terrorista da União europeia, a que teve acesso o vespertino, passa a pente fino esta situação. A Europa vai ter de debruçar-se sobre o papel das forças da ordem na futura sociedade do 5G em que 20 mil milhões telefones e componentes diversas das telecomunicações vão estar conectados. Com a nova tecnologia, o debate sobre o equilíbrio entre a protecção de dados e exigências de segurança fica mais agudo do que nunca, sublinha, LE MONDE. Ainda no internacional, LIBÉRATION destaca por seu lado, Hong Kong, Pequim tem na mira opositores . O executivo pró-chinês da ex-colónia britânica decidiu autorizar extradições para a China. Após uma mobilização de 1 milhão de pessoas, no domingo, o governo começou esta quarta-feira a debater a proposta de lei a ser votada no dia 20 de junho, acrescenta. LIBÉRATION.Mudando de assunto, por cá em França, LE FIGARO, titula, reforçado, o primeiro-ministro, Edouard Philippe quer relançar as reformas. Depois, de Macron, omnipresente na cena nacional desde a crise dos coletes amarelos até à campanha das eleições europeias, temos agora, o primeiro-ministro, que apresentou hoje o seu programa de política geral, perante a Assembleia, nesta segunda metade o mandato presidencial.Edouard Philippe, vai precisar da agenda parlamentar para relançar a máquina de reformar as pensar, seguro de desemprego, revisão constitucional, mas adoptará um método menos brutal e mais horizontal, nota, LE FIGARO.Serviço de Urgências nos hospitais, uma greve vital, titula, L'HUMANITÉ. A revolta social do pessoal hospitalar alimenta um movimento histórico, que manifestou ontem em frente ao Senado onde era discutida a lei Buzyn. A ministra da Saúde Buzyn não se dignou receber uma delegação de urgentistas e auxiliares de enfermagem vindos de todas as partes da França para o dia de greve, acrescenta, L'HUMANITÉ.Mélenchon, França indecisa, titula, LIBÉRATION. Destabilizado pelo fracasso nas europeias, o chefe dos insubmissos vê o seu partido em fanicos. Contestado, permanece em silêncio e parece hesitar sobre a estratégia a adoptar. Mélenchon, rei do silêncio. Toda a gente se interroga e quase todos os jornalistas querem ouvir as primeiras palavras de Mélenchon sobre o descalabro do seu partido que apenas conseguiu 6,3% nas europeias. Divisões e debandadas do partido, mas o chefe supremo, continua mudo digerindo a derrota, nota LIBÉRATION.Acabar com o plástico é o título do do jornal LA CROIX. Em 2050 haverá mais plástico que peixes nos oceanos, afirma o relatório da Fundação Ellen-MacArthur. Há que estancar urgentemente o uso do plástico. E se a gente proíbisse o plástico? Mas LA CROIX, nota, ser difícil para a indústria deixar de recorrer ao plástico. Este material ligeiro, robusto e adaptável impos-se largamente nas embalagens e veículos com um impacto ambiental que é preciso reduzir.Enfim, sobre a África, LE FIGARO, destaca o Sudão, a repressão aumenta e a crise internacionaliza-se. Enquanto a violenta repressão do movimento de protesto fez 120 mortos, o país é palco de rivalidades regionais e mesmo mundiais entre actores no Médio oriente, na Rússia ou na China.