Arte indo-portuguesa na Embaixada de Portugal em Paris
Na véspera das Jornadas Europeias do Património, em que a Embaixada de Portugal em Paris abre as portas ao público, foi apresentada, esta sexta-feira, uma mostra de contadores, caixas-escritório e cofres indo-portugueses, do Japão e do Sri-Lanka do tempo da expansão portuguesa. As peças são da Galeria Álvaro Roquette & Pedro Aguiar-Branco, aberta há oito anos em Paris.
Publicado a: Modificado a:
Cerca de 20 contadores, cofres e caixas-escritório indo-portugueses, do Japão e do Ceilão (actual Sei Lanka) estão em exposição na Embaixada de Portugal, em Paris, por ocasião das Jornadas Europeias do Património.
O galerista Álvaro Roquette explica que se trata de “uma viagem pelas encomendas portuguesas no mundo de contadores”, com obras com mais de 400 anos.
Há, por exemplo, dois contadores da Índia, de finais de século XVI, com representação de portugueses na marqueteria.
Há, ainda, um par de típicos contadores indo-portugueses de nagas, com figuras da mitologia hindu a representar “meias mulheres e meias serpentes”, explicou o galerista Pedro Aguiar Branco, apontando também peças do Ceilão feitas em madeira revestida a placa de tartaruga e marfim trabalhado.
Destaque, também, para obras de arte namban, do Japão, “porque os japoneses chamavam aos portugueses namban-jin” e eram peças feitas “ao gosto dos portugueses”.
Quanto ao reconhecimento em França da arte da expansão portuguesa, Álvaro Roquette explicou que a galeria tem feito “um trabalho duro, longo” porque “não eram objectos com que as pessoas estavam familiarizadas”. O trabalho tem dado frutos porque, por exemplo, o Museu Guimet, em Paris, já tem a sua primeira peça indo-portuguesa graças à galeria.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro