França homenageou polícias mortos
O presidente francês homenageou hoje os quatro polícias apunhalados mortalmente por um colega na quinta-feira passada em Paris. Emmanuel Macron apelou na capital à unidade da nação em torno das suas forças da ordem. As duas câmaras do parlamento observaram também minutos de silêncio em homenagem aos polícias assassinados.
Publicado a: Modificado a:
Uma comissão de investigação começará os seus trabalhos na próxima semana, por decisão da câmara baixa do parlamento.
Na quinta-feira no Governo civil de Paris, que acolhe a sede da polícia, um agente do serviço informático apunhalou uma série de colegas.
Quatro pessoas morreram, uma quinta ficou ferida, mas está agora fora de perigo.
O homem, Mickaël Harpon, acabou por ser abatido, tratava-se de um cidadão oriundo da ilha da Martinica, casado com uma marroquina e convertido ao Islão há mais de uma dédada.
Eric Ciotti, deputado dos Republicanos, partido de direita, será provavalmente o relator ou o presidente da comissão em causa.
Este admitiu terem existido "falhas" e pretender obter a verdade sobre o ocorrido.
Numa primeira fase o ministro do interior, Christophe Castaner, tinha alegado não se ter nenhum indício de comportamento suspeito prévio do autor do drama.
Posteriormente vários colegas relataram mesmo que ele se regozijara com o atentado de 2015 na redacção do jornal satírico "Charlie Hebdo" pelo tratamento dado a assuntos relativos ao Islão.
Foi encontrado no seu escritório uma pen drive com vídeos de propaganda do autoproclamado Estado Islâmico e dados relativos a colegas.
O autor do ataque teria frequentado pessoas de movimentos salafistas.
O ministro garante que doravante qualquer alerta ligado ao radicalismo seja "automaticamente accionado".
A esposa de Harpon que esteve sob custódia policial foi solta na noite de domingo passado.
O chefe de Estado francês apelou numa homenagem na sede parisiense da polícia a que se combate sem esmorecer o "terrorismo islamita", Emmanuel Macron apelou à união em torno das forças da ordem.
"Quatro polícias morreram. Tinham escolhido usar um uniforme e consagrar a sua vida a proteger os outros.
Morreram em serviço, no trabalho.
Como aqueles que, antes deles, foram vítimas do terrorismo islamita desde 2015.
O que está em causa é mesmo o combate de uma nação inteira contra os que pretendem amordaçar a liberdade, as mulheres, a civilização.
Contra os que querem dividir, separar, manipular... por isso unamo-nos atrás das nossas forças da ordem, não apenas quando elas são abaladas por tais dramas, mas quando elas agem no dia-a-dia."
Emmanuel Macron, presidente francês
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro