Ataques armados e retaliação matam 20 em Israel e Gaza
Pelo menos 14 pessoas morreram e outras 40 ficaram feridas numa série de ataques armados, nessa quinta-feira, no sul de Israel. O ministro da Defesa do país, Ehud Barak, acusou terroristas palestinos pelos atentados. Num ataque de retaliação em Gaza, a aeronáutica israelense matou sete palestinos, incluindo uma criança.
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A rádio militar israelense indicou que, entre os mortos, sete eram terroristas. O porta voz do Exército de Israel, Yoav Mordehaï, precisou que tanto civis quanto militares foram atingidos pelos tiros.
O ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, afirmou que terroristas palestinos que vinham de Gaza são responsáveis pelos ataques. Em comunicado, o ministro afirmou que "este é um grave ataque terrorista coordenado, que traduz o enfraquecimento do controle egípcio sobre o Sinai e sobre a atividade terrorista". Ele ameaçou reagir com toda força e determinação necessárias.
O movimento islâmico palestino, Hamas, no poder na faixa de Gaza, negou ter participado dos ataques e desmentiu as declarações de Ehud Barak. “Essas acusações são uma tentativa de tirar a atenção da crise social em Israel”, acusou o porta-voz do Hamas, Taher al-Nounou, referindo-se ao movimento de contestação que começou em Israel em julho.
Três ataques perto das fronteiras com o Egito e a Jordânia
Segundo infomações fornecidas pelas autoridades israelenses, um primeiro ataque aconteceu ao meio-dia, hora local, perto da fronteira com o Egito. Três homens armados dispararam contra um ônibus da companhia pública Egged, que circulava entre Beersheva e a cidade balneária de Eilat, levando em sua maioria militares que viajavam ao balneário para passar o fim de semana.
Meia hora mais tarde, um veículo militar foi enviado ao local, iniciando um tiroteio na cidade de Netafin, perto de Eilat. Cinco pessoas ficaram feridas.
O incidente mais sangrento aconteceu no começo da tarde, quando um veículo particular foi atingido por uma bomba perto de Beer Ora, a cerca de 15 km ao norte de Eilat, perto da fronteira com a Jordânia.
O Egito aumentou a vigilância no deserto do Sinai, na fronteira de Israel com a Faixa de Gaza, especialmente contra grupos islâmicos armados suspeitos de tentar explodir um gazoduto que abastece Israel.
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