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Em busca de credibilidade, Itália anuncia novo governo

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, formou rapidamente um novo governo para tentar recuperar a credibilidade italiana e acalmar os mercados. À frente da nova equipe, sem surpresas, o novo primeiro-ministro é o economista e ex-comissário europeu da Concorrência Mario Monti.  

O novo premiê italiano, Mario Monti, após encontro com o presidente da Itália, Giorgio Napolitano.
O novo premiê italiano, Mario Monti, após encontro com o presidente da Itália, Giorgio Napolitano. REUTERS/Stefano Rellandini
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Gina Marques, de Roma para a RFI

Com fama de sério e de responsável, o novo primeiro-ministro italiano, Mario Monti, foi encarregado de formar um governo sólido para restabelecer a confiança dos investidores e dos parceiros europeus da Itália. Apreciado pelas altas esferas da Europa instituições, Monti exerceu o cargo de comissário do europeu por dez anos (1994-2004) e é apelidado no meio político italiano de “cardeal” pelo seu jeito austero e pouco afeito a intervenções na mídia, o que contrasta com seu antecessor Silvio Berlusconi.

Em uma rápida entrevista coletiva após encontro com o presidente italiano no noite de domingo, Monti declarou :”Trabalharei para que a Itália saia o mais rapidamente possível da situação de urgência”. Ele disse ainda que a Itália pode superar a crise graças a « um esforço coletivo ».

Tentando mostrar otimismo, reiterou que o país pode voltar a ser um elemento de força na União Europeia. O novo primeiro-ministro destacou a necessidade de reformas, mas considerando o equilíbrio social. Ele também prometeu agir com todo o respeito pelos partidos. Mas, sobre a sua equipe de ministros, Monti preferiu não revelar ainda nomes.

Antes dele, o presidente da República, Giorgio Napolitano, explicou que o governo transitório guiado por técnicos era a única saída para enfrentar a crise econômica e que era necessário evitar eleições antecipadas para não criar um vazio de poder.

Também no domingo, o ex-premiê Silvio Berlusconi  não resistiu aos holofotes. Em um vídeo transmitido à noite, seu último suspiro, ele disse que foi “responsável e generoso” e que está deixando o cargo por amor à Itália, mas que não vai sair da política, ao contrário, vai dobrar o seu empenho popular.

 

 

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