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Brasil é o mais atingido pela crise entre os Brics, diz Le Monde

Em um texto analisando o impasse em que se encontra a rodada Doha da Organização Mundial do Comércio, o jornal Le Monde afirma, baseado em entrevistas com economistas de diferentes instituições, que entre os Brics o Brasil é o país mais atingido pela crise mundial. 

Da esquerda para a direita, os líderes dos BRICs, Manmohan Singh (primeiro-ministro da Índia), Dimitri Medvedev (presidente da Rússia), Hu Jintao (presidente da China), a presidente brasileira Dilma Rousseff e Jacob Zuma, líder da África do Sul.
Da esquerda para a direita, os líderes dos BRICs, Manmohan Singh (primeiro-ministro da Índia), Dimitri Medvedev (presidente da Rússia), Hu Jintao (presidente da China), a presidente brasileira Dilma Rousseff e Jacob Zuma, líder da África do Sul. Roberto Stuckert Filho/PR.
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Sob o título "A liberalização do comércio mundial em pane", a edição de Le Monde que chegou às bancas nesta quinta-feira traz uma análise sobre o impasse em que se encontra a Organização Mundial do Comércio, que realiza hoje uma reunião interministerial em Bruxelas.

"O protecionismo retorna com força do norte ao sul", diz o jornal, lembrando que a crise econômica fez com que os Estados Unidos voltassem atrás nos avanços negociados ao longo de dez anos.

Os americanos consideram que os países emergentes já atingiram um nível satisfatório de desenvolvimento e não precisam mais de vantagens comerciais. Já os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) insistem que devem proteger uma indústria que ainda está em desenvolvimento e garantir a melhoria do nível de vida de suas populações.

O jornal também destaca que a crise da zona do euro afeta agora também os países emergentes. No Brasil, "a euforia de 2012 desapareceu", diz o texto, citando os economistas do banco francês Crédit Agricole. Pouco endividado e com uma economia mais equilibrada que a maioria dos outros Brics, o Brasil parecia protegido das turbulências da economia ocidental.

Mas entre os Brics, o Brasil é o país com crescimento mais lento devido à queda das exportações para a Europa e os Estados Unidos. A isso se acrescentaram a valorização do real e a baixa dos preços das matérias-primas. De 7,5% em 2010, o crescimento passou para 3,4% em 2011 e deve ficar em torno de 3,2% em 2012.

Le Monde nota ainda que os outros países do grupo também enfrentam problemas: a China tem "um futuro incerto", a Índia é "vítima da sua dependência dos financiamentos externos" e a Rússia sofre com a "incerteza política".

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