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Líbia

Ex-braço direito de Muammar Kadafi é preso na Mauritânia

Abdallah al-Senoussi, o ex-homem forte do governo de Muammar Kadafi, foi preso na Mauritânia ontem à noite, quando tentava entrar no país, vindo de Marrocos, com um passaporte falso. A França e a Líbia anunciaram que vão pedir a extradição de Senoussi. Ele é acusado de crimes contra a populaçao civil Líbia.

Abdallah al-Senoussi, ex-braço direito de Muammar Kadafi, foi detido na Mauritânia.
Abdallah al-Senoussi, ex-braço direito de Muammar Kadafi, foi detido na Mauritânia. REUTERS
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Abdallah al-Senoussi é procurado pelo Tribunal Penal Internacional acusado de violação de direitos humanos contra civis entre fevereiro e março de 2011. Genro de Muammar Kadafi, o coronel de 62 anos comandava os serviços de informação militar, um dos principais órgãos da repressão Líbia.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, saudou hoje a detenção do ex-chefe dos serviços secretos militares de Kadafi e reiterou a intenção de pedir a extradição de Senoussi. "A França vai pedir nas próximas horas o pedido de extradição à justiça mauritana", diz o comunicado do Palácio Eliseu.  O chefe da diplomacia britânica, William Hague, também comemorou a prisão de Senoussi. Ele disse que essa é a prova de que “todos terão que responder pelos seus atos e serão julgados”.

Senoussi foi condenado na França por participação no atentado contra o voo UTA 772 que matou 170 pessoas em setembro de 1989. A Líbia também busca a extradição do chefe de inteligência do governo de Muamar Kadafi da Mauritânia após ele ter sido preso no aeroporto de Nouakchott, disse o porta-voz do governo Nasser al-Manee. "Hoje o procurador-geral enviou um pedido de extradição ao governo da Mauritânia por meio da Interpol, que entregou a requisição à Mauritânia", declarou.

O Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra Senoussi em 27 de junho de 2011. A Mauritânia, porém, não é um país signatário do estatuto de Roma que criou o Tribunal Penal Internacional e não tem, em teoria, a obrigação de entregar Senoussi à justiça internacional. Antes de cogitar uma eventual extradição, o governo da Mauritânia declarou que realizará uma investigação.

 

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