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Síria/ Transição

EUA se dizem céticos sobre negociações para saída de Assad

O governo americano avaliou com ceticismo a declaração do vice-primeiro-ministro sírio, Qadri Jamil, que em visita nessa terça-feira a Moscou disse que o regime estaria disposto a discutir a saída de Bashar al-Assad do poder. Um governo de transição na Síria foi tema de encontros ontem, na capital russa e em Paris.

Qadri Jamil, vice primeiro-ministro da Síria, durante coletiva de imprensa em Moscou nesta terça-feira.
Qadri Jamil, vice primeiro-ministro da Síria, durante coletiva de imprensa em Moscou nesta terça-feira. REUTERS/Maxim Shemetov
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A Síria está pronta para discutir uma demissão do presidente Assad em um processo de negociações com a oposição, declarou Qadri Jamil. “Podemos estudar todas as questões em um processo de negociação e estamos prontos a estudar este ponto”, afirmou Jamil durante uma conferência de imprensa, depois da reunião com o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov.

A porta-voz do departamento de Estado americano, Victoria Nuland, reagiu dizendo que os Estados Unidos continuam céticos quanto ao anúncio feito pelo vice-primeiro-ministro sírio.

“O governo sírio sabe o que tem que fazer. O governo russo afirmou que organizaria um plano claro de transição política”, lembrou Nuland. “Estas consultas (entre Damasco e Moscou) eram uma ocasião para a Rússia encorajar o regime de Assad a começar a seguir o plano de transição, e não procurar outros objetivos”, disse ela.

O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, explicou na manhã de hoje ao canal de televisão BFPTV e à rádio RMC que a França estabeleceu como objetivo provocar a renúncia de Bashar al-Assad.

Quando perguntaram se ele acreditava em uma demissão do presidente sírio, Ayrault respondeu que “é necessário conseguí-la”, reafirmando que “o objetivo é encontrar as condições para uma transição política”. O presidente François Hollande recebeu membros do Conselho Nacional Sírio, a principal coalizão de oposição, ontem, em Paris.

O premiê confirmou que o governo francês enviou aos rebeldes sírios equipamentos não letais, como meios de comunicação, para ajudar os opositores, e avaliou que a situação está mudando para Assad.

Violência

A batalha entre o Exército regular e rebeldes continua nos arredores de Damasco e em Aleppo, a capital econômica no norte da Síria, com um novo balanço trágico de vítimas: mais 198 pessoas mortas nessa terça-feira.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos relata na manhã de hoje que o Exército regular matou dezenas de civis depois de invadir ontem a localidade de Maadamiyat al-Cham, perto de Damasco.
 

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