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Imprensa francesa

Políticos franceses divergem sobre combate a onda de violência em Marselha

A guerra entre gangues de traficantes de droga gera uma onda de violência em Marselha, no sul do país, e ganha destaque nos jornais franceses desta sexta-feira. Uma senadora socialista da cidade, Samia Ghali, pediu a intervenção do exército.

Um homem de 25 anos foi assassinado a tiros na noite desta quarta-feira na região norte de Marselha.
Um homem de 25 anos foi assassinado a tiros na noite desta quarta-feira na região norte de Marselha. Photo AFP/Gérard Julien
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O governo promete realizar uma reunião para tratar desse caso na próxima quinta-feira, mas o ministro do Interior, Manuel Valls, já disse que mandar soldados a Marselha está fora de questão. Suas declarações foram confirmadas pelo próprio presidente François Hollande.

Em seu editorial, Le Figaro afirma que é preciso responder rapidamente ao apelo de Samia Ghali e elogia a senadora por ter tido a coragem de ir contra o pensamento dominante no Partido Socialista. O jornal conservador defende uma política de tolerância zero para lutar contra o narcotráfico em Marselha.

"Marselha, guerra de posições sobre o recurso ao exército", diz o título de Libération, lembrando que a proposta de Samia Ghali é controversa tanto entre os políticos de esquerda quanto entre os políticos de direita. Entrevistada pelo jornal progressista, a senadora afirma que quis dar um "grito de alarme" porque a situação em sua cidade "está se tornando dramática".

Segundo Libération, apesar de dizer publicamente que controlar o banditismo nas cidades não faz parte das atribuições do exército, as autoridades militares secretamente elaboram planos de ação para enfrentar grandes ondas de violência dentro da França.

Outro assunto que ganha destaque nos jornais de hoje é a acumulação de mandatos por parte de deputados e senadores franceses. Apesar dos compromissos assumidos pelo partido no poder, muitos parlamentares socialistas não aceitam abrir mão de seus mandatos executivos.

Em seu editorial, Libération afirma que essa acumulação de mandatos nas mãos de poucas pessoas bloqueia a entrada de mais jovens, mulheres e franceses originários da imigração na classe política.

Já o diário católico La Croix ressalta que por enquanto o presidente François Hollande se mantém discreto sobre esse tema, apesar de ter prometido durante a campanha eleitoral que apresentaria um projeto de lei proibindo o acúmulo de mandatos. A legislação atual permite acumular dois mandatos, um nacional e outro local.

 

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