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Minas/Síria

Síria é o único país a usar minas antipessoais em 2012, diz Ong

O governo sírio é o único no mundo a ter usado minas antipessoais em 2012, informou a ONG Campanha Internacional para a Proibição de minas (ICBL, na sigla em inglês), em seu relatório anual publicado nesta quinta-feira. Esta é a segunda vez consecutiva que o regime de Damasco é denunciado por ter recorrido a este tipo de armamento, mas em 2011, Israel Líbia e Birmânia também usaram esse tipo de arma.  

Mina antipessoal retirada na região de Hasanieih na Síria no mês de março 2012.
Mina antipessoal retirada na região de Hasanieih na Síria no mês de março 2012. © 2012 Human Rights Watch
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Até o momento, apenas a Síria foi identificada como país a ter recorrido a minas antipessoais em 2012, afirmaram os especialistas da ICBL encarregados de verificar a aplicação da Convenção sobre a proibição de minas instaurada em 1997, conhecida como Convenção de Ottawa.

No entanto, a Campanha afirma ter identificado a presença de minas antipessoais em 59 estados e territórios que estão sendo disputados.

O relatório ainda faz referência a vários outros desafios a serem enfrentados, como o aumento significativo do número de vítimas em países como a Líbia, o Sudão, o Sudão do Sul e a Síria, bem como o uso de minas antipessoais por grupos armados em seis países contra quatro no anterior. Além do Afeganistão, Colômbia, Birmânia e Paquistão, este ano entraram na lista a Tailândia e o Iêmen.

Os especialistas também lamentaram o elevado número de pessoas que mantém o pedido de prorrogação para o trabalho de retirada das minas. Além disso, três países, Belarus, Grécia e Ucrânia, continuam violando a obrigação imposta pelo Tratado para destruir os estoques de minas num prazo de 4 anos.

O documento também trouxe notícias consideradas encorajadoras como a adesão, em 2011, de mais três países ao Tratado: Finlândia, Sudão do Sul e Somália. Em todo o mundo, 160 países, incluindo todos da África Subsahariana, são signatários do Tratado.

O número de vítimas de 2011 é similar à quantidade de vítimas registrada nos dois anos anteriores, ou seja, de cerca de 11 a 12 vítimas por dia, contra 32 em 2001.

Outro aspecto positivo assinalado pelo relatório foi o financiamento de ações para retirada de minas que atingiu um recorde de 662 milhões de dólares em 2011, ou seja, um aumento de 25 milhões de dólares em relação ao ano anterior.

Em 1997, a ICBL recebeu o Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho de erradicação de minas antipessoais no mundo.
 

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