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Egito/OCI

Conferência islâmica pressiona Síria a aceitar solução negociada

O presidente egípcio, Mohamed Mursi, recomendou hoje às facções sírias ainda ausentes da grande coalizão nacional de oposição, reconhecida internacionalmente, que se integrem ao movimento para participar dos esforços pela instalação da democracia na Síria. Mursi discursou na abertura da cúpula da Organização para Cooperação Islâmica (OCI) que começou hoje e deve durar dois dias no Cairo.

Foto oficial dos participantes da Cúpula da Organização para Cooperação Islâmica que começa hoje no Cairo e deve durar 2 dias.
Foto oficial dos participantes da Cúpula da Organização para Cooperação Islâmica que começa hoje no Cairo e deve durar 2 dias. REUTERS/Egyptian Presidency/Handout
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As crises na Síria e no Mali são os assuntos em destaque na 12ª reunião de cúpula da OCI. O líder egípcio, que coordena os debates, criticou a obstinação do ditador Bashar al-Assad. "Que o regime sírio tire a lição da história: são os povos que ficam. Aqueles que tentam fazer prevalecer seus interesses pessoais em detrimento dos povos acabarão partindo", afirmou o dirigente egípcio, um político islâmico moderado que também é criticado em seu país por autoritarismo.

A conferência da OCI reúne líderes dos 56 países membros da organização. Pela primeira vez em 34 anos, o Irã participa do evento com o presidente Mahmoud Ahmadinejad, o maior aliado do regime de Damasco.

Assim como vários países árabes, o presidente do Egito defende a saída de Bashar al-Assad, que se apega ao poder após quase dois anos de sangrenta guerra civil e um balanço de 60 mil mortos, segundo a ONU. O Irã e a Rússia continuam sendo os maiores obstáculos a uma resolução política do conflito.

No rascunho do projeto de declaração final da cúpula, os países membros da OCI sublinham que o regime sírio é o maior responsável pela violência no país. Os líderes pedem a abertura de negociações para a transição em Damasco, sem citar o nome de Assad no texto.

Nova ofensiva rebelde em Damasco

Os rebeldes sírios, que já dominam vários bairros de Damasco, intensificaram nesta quarta-feira sua ofensiva na capital contra as tropas oficiais. Em outro flanco de combate, a sede do serviço de inteligência militar de Palmira, no centro da Síria, foi alvo de um atentado a bomba, na manhã desta quarta-feira. Ainda não há informações precisas sobre o número de mortos e feridos.

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