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Anticoncepcionais/França

Pílulas provocam 20 mortes e 2,5 mil acidentes vasculares por ano

Um relatório publicado nesta terça-feira pela Agência do Medicamento da França revela que os anticoncepcionais são responsáveis por 20 mortes por ano e cerca de 2.500 acidentes vasculares no país. Os casos fatais são ocasionados por embolias pulmonares – conseqüência mais grave das tromboses.

Mais de 4 milhões de mulheres usam pílulas anticoncepcionais na França.
Mais de 4 milhões de mulheres usam pílulas anticoncepcionais na França. DR
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O relatório faz parte da avaliação sobre a utilização de contraceptivos após o alerta lançado em janeiro sobre as pílulas de 3ª e 4ª geração, acusadas de aumentar enormemente o risco de trombose nas mulheres que utilizam esse tipo de medicamento. Quatorze das vinte mortes apontadas no documento foram provocadas pelos anticoncepcionais de última geração.

Este estudo também é o primeiro compara os riscos das pílulas de 1ª e 2ª geração com os de 3ª e 4ª. De acordo com a agência, há, em média, 2.529 acidentes vasculares atribuídos à utilização das pílulas por ano; 778 casos relacionados às pílulas de 1ª e 2ª geração e 1.751 relacionados as de 3ª e 4ª geração.

O órgão estima que se os anticoncepcionais de última geração não fossem prescritos na França, haveria a cada ano 1.167 acidentes vasculares a menos.

De acordo com dados de 2011, 4,27 milhões de mulheres usam este tipo de medicamento na França.

Queda nas vendas

As vendas das pílulas de última geração caíram 34% em fevereiro, enquanto as de 1ª e 2ª geração tiveram um aumento de 27%. Segundo a agência, as quedas na comercialização do medicamento continuarão diminuindo nos próximos meses.

Para o especialista de defesa das mulheres vítimas de acidentes relacionados aos contraceptivos, Philippe Courtois, o risco para a saúde feminina ainda é subestimado. Ele faz um apelo para que as vendas dos anticoncepcionais de última geração sejam suspensas.

O medicamento para tratamento de acne Diane 35, fabricado pelo laboratório alemão Bayer, e frequentemente utilizado como contraceptivo, foi proibido em janeiro na França. Somente no mês de fevereiro, as vendas do produto caíram 62%.
 

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