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Síria/Armas químicas

Síria autoriza investigação da ONU sobre uso de armas químicas

O governo sírio autorizou nesta quarta-feira que especialistas da ONU investiguem três locais onde há suspeita de uso de armas químicas por opositores e forças leais ao regime de Bashar al-Assad. A missão chegará à Síria assim que possível e conduzirá os procedimentos simultaneamente, informou Martin Nesirky, porta-voz do secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

Combatentes do Exército Sírio Livre em Khan al-Assal, um dos locais que serão investigados pela ONU
Combatentes do Exército Sírio Livre em Khan al-Assal, um dos locais que serão investigados pela ONU REUTERS/Hamid Khatib
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A autorização foi conseguida por Ake Sellstrom, chefe da missão da ONU encarregada do uso de armas químicas na Síria, e Angela Kane, representante para Assuntos de Desarmamento, que estão em Damasco desde a semana passada para negociar com altos funcionários do governo al-Assad. Até então, a Síria havia bloqueado todas as tentativas de investigação. De acordo com um diplomata, os profissionais estão se reunindo na Europa e devem viajar já na semana que vem.

As Nações Unidas foram informadas por França, Estados Unidos, Grã-Bretanha e Síria de 13 ataques com armas químicas, desde o início do conflito, que já dura 28 meses e fez mais de 100 mil mortos. Portanto, nem todos serão investigados neste momento, mas Martin Nesirky garantiu que a missão continuará a exigir explicações dos estados membros envolvidos.

De acordo com o porta-voz, os investigadores irão à cidade de Khan al-Assal, próxima de Alepo, a Ataybah, ao redor de Damasco, e a Homs. O regime al-Assad afirma que rebeldes usaram armas químicas em Khan al-Assal no dia 19 de março matando 26 pessoas - entre elas, 16 soldados sírios. A oposição responsabiliza o governo pelo ataque. Em Ataybah e Homs, ataques do tipo teriam acontecido em março e dezembro respectivamente.

O próprio governo sírio havia pedido uma investigação das Nações Unidas em março, mas exigia que os especialistas se concentrassem em Khan al-Assal. Ban Ki-moon queria maior acesso e, principalmente, que a investigação pudesse se estender a outros locais.

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