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Reunião do FED leva zona do euro a tomar medidas para evitar efeitos colaterais

Os jornais Les Echos e Le Figaro dão destaque à reunião de dois dias, a partir de hoje, do banco central americano (FED), que deve confirmar uma redução de seu apoio à recuperação econômica dos Estados Unidos nos próximos meses. O FED vai começar a mudar sua política ultraflexível de taxas de juros próximas a zero, que vinham sendo acompanhadas de fortes injeções de liquidez no mercado americano.

Capa dos jornais franceses Les Echos e Le Figaro desta terça-feira, 17 de setembro de 2013
Capa dos jornais franceses Les Echos e Le Figaro desta terça-feira, 17 de setembro de 2013
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Amanhã, o FED deve deve anunciar uma redução limitada das compras de bônus do Tesouro, escreve o Les Echos. Os investidores mundiais vão ouvir atentamente o discurso do presidente da instituição, Ben Bernanke, e ele terá de ser cauteloso com as palavras para não assustar investidores que já estão "hipernervosos", diz o jornal, querendo ter uma maior visibilidade do que vai acontecer nos próximos meses nos Estados Unidos.

O diário informa que o Banco Central Europeu tomou medidas para evitar que a zona do euro não seja uma vítima colateral dessa mudança. O reflexo negativo na Europa seria um aumento das taxas de juros para os Estados, que se financiam nos mercados. Uma leve alta já foi observada recentemente nos títulos da dívida da França e da Alemanha.

O economista-chefe do Banco Morgan Stanley diz em entrevista ao Les Echos que a situação é de fato preocupante para os emergentes, como Brasil, Indonésia, Índia, Turquia e África do Sul. "Esses países sofreram recentemente fortes ajustes em suas moedas e, para se estabilizar, precisam que o FED não restrinja demais sua política monetária", comenta Joachim Fels.

Le Figaro diz que os mercados estão ansiosos para conhecer a nova tendência. O jornal publica entrevista com o economista Jim O'Neill, que criou a sigla BRICS. Ele discorda da opinião do governo brasileiro de que o país tem sido prejudicado pelas políticas do FED. O'Neill afirma que os investidores fugiram do Brasil e da Índia por fragilidades internas de suas economias, como por exemplo déficits comerciais elevados. Rússia e China, que possuem excedente comercial, não sofreram especulação com suas moedas. Para O'Neill, Brasil e Índia pagam o preço de seus problemas estruturais, que afetam seu potencial de crescimento. O'Neill também condenou a excessiva dependência dos emergentes ao dólar.

Thiago Silva fala da estreia da Liga dos Campeões

Com a estreia hoje da primeira fase da Liga dos Campeões, e com jogo do PSG contra o grego Olympiakos, os jornais franceses avaliam as chances do clube parisiense no maior torneio do futebol europeu. O capitão da seleção brasileira, Thiago Silva, é entrevistado pelo Le Figaro e afirma que o time tem as cartas na mão para chegar à final.

"Sem ofender o Barcelona, que continua sendo a melhor equipe do mundo, o PSG foi injustamente eliminado da Liga dos Campeões nas quartas de final do ano passado" e tem, sim, o mesmo nível dos jogadores do Barça, diz o zagueiro brasileiro do PSG.

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