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Meio Ambiente

Países pressionam Rússia a aceitar zona de proteção marinha

A Austrália, a Nova Zelândia, a França, os Estados Unidos e os países da União Europeia pressionaram hoje a Rússia para que aceite a criação de uma ampla zona de proteção de santuários marinhos na Antártica. Os membros da Convenção sobre a Conservação da Fauna e da Flora Marinha da Antártica (CCAMLR, na sigla em inglês) – da qual o Brasil faz parte - se reunirão com os russos na semana que vem para tentar chegar a um acordo sobre o tema, após repetidos fracassos.

O pinguim-de-adélia é uma espécie que vive na Antártida.
O pinguim-de-adélia é uma espécie que vive na Antártida. Flikcr/ Creative Commons
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“A Austrália, a França, a União Europeia, a Nova Zelândia e os Estados Unidos pedem conjuntamente à criação, neste ano, de zonas marinhas protegidas no oceano Austral, na região do mar de Ross e na Antártica oriental”, indicam os signatários do documento, que não cita nominalmente a Rússia. “A criação destas áreas protegidas representa o prolongamento da visão exprimida por todas as nações, durante o Fórum Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável em Joanesburgo, em 2002, e a Conferência do Rio de Janeiro em 2012.”

A CCAMLR é uma organização fundada em 1982, encarregada de gerenciar os recursos marinhos na Antártica. Duas propostas de criação de uma zona de proteção haviam sido apresentadas em julho, em um fórum na Alemanha. Entretanto, a Rússia, apoiada pela Ucrânia, bloqueou um acordo sobre o tema por avaliar que as restrições ao setor da pesca seriam prejudiciais à economia.

A proposta lançada pelos Estados Unidos e a Nova Zelândia deseja instaurar uma zona de proteção de cerca de 2 milhões de quilômetros quadrados. Outro projeto, encabeçado pela França, a Austrália e a Alemanha, defende a criação de sete áreas protegidas na fachada leste da Antártica, e também foi rechaçado pelos russos.

Os dois projetos resultariam em uma área duas vezes maior de santuários marinhos protegidos hoje. Eles abrigam ecossistemas excepcionais, ao abrigo das atividades humanas, mas ameaçados pelo desenvolvimento da pesca.
 

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