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Rússia/Greenpeace

Rússia atenua acusação contra brasileira e 29 ativistas do Greenpeace

A justiça russa anunciou nessa quarta-feira, 23 de outubro, que os ativistas do Greenpeace não serão mais acusados de pirataria. Os 30 membros da tripulação, entre eles a brasileira Ana Paula Maciel, responderão processo apenas por vandalismo. Com a alteração, o grupo, detido no país após ter invadido uma plataforma da Gazprom no Ártico, pode ter sua pena reduzida em caso de condenação.

A bióloga brasileira Ana Paula Maciel exibe cartaz pedindo para voltar para casa.
A bióloga brasileira Ana Paula Maciel exibe cartaz pedindo para voltar para casa. REUTERS/Greenpeace
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Se fossem condenados por “pirataria”, os tripulantes do navio Arctic Sunrise poderiam pegar até 15 anos de prisão. Já em caso de "vandalismo", a pena máxima é de sete anos. No entanto, o Greenpeace recusou essa nova qualificação anunciada pela justiça russa. Em um comunicado divulgado pelo grupo, Vladimir Tchouprov, da sede local da organização, declarou que os 30 ativistas “deveriam ser libertados imediatamente”.

O próprio presidente russo Vladimir Putin já havia dito que o grupo havia violado leis internacionais ao entrar nas águas de seu país. No entanto, o chefe de Estado reconheceu que os ativistas não eram piratas.Os 30 membros do Greenpeace, entre eles a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, de 32 anos, estão detidos em Mourmansk, no noroeste da Rússia, desde 19 de setembro.

A acusação de vandalismo é a mesma que resultou na prisão de três membros do grupo Pussy Riot, condenadas em agosto de 2012 a dois anos de trabalhos forçados no campo por terem feito um show com músicas criticando o presidente russo em uma igreja de Moscou. Duas delas continuam presas até hoje.

Processo holandês

Nessa quarta-feira o governo russo também anunciou que pretende boicotar o processo movido pela Holanda contra Moscou no Tribunal Internacional de Direito Marítimo. O navio Arctic Sunrise viajava com bandeira holandesa e Haia contesta a detenção da embarcação.

Uma primeira audiência no tribunal, com sede em Hamburgo, na Alemanha, deve ocorrer em duas ou três semanas. A Holanda já indicou que está disposta a suspender a ação judicial para negociar com a Rússia, mas somente após a libertação dos ativistas do Greenpeace. 

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