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Aumento de falências de empresas francesas provoca risco de crise social

Os fechamentos de empresas na França e a mobilização do Banco Central Europeu para evitar a deflação na zona do euro e defender a moeda comum europeia são alguns destaques da imprensa francesa desta sexta-feira, 8 de novembro.

Funcionários da empresa La Redoute durante protesto em frente à empresa em 31 de outubro em Lille, norte da França.
Funcionários da empresa La Redoute durante protesto em frente à empresa em 31 de outubro em Lille, norte da França. AFP/PHILIPPE HUGUEN
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Segundo o Libération, os planos de demissão em massa estão se multiplicando na França, e colocando o governo em uma situação delicada. O executivo está impotente diante de uma avalanche de falências de empresas especialmente na região da Bretanha, no oeste do país.

O temor do governo, segundo o Libé, é um contágio da mobilização social que vem crescendo entre os trabalhadores. Em editorial, o jornal questiona se o descontentamento e os protestos recentes não refletem os sinais de falta de esperança na retomada do crescimento da economia do país e na inversão da curva do desemprego, em alta na França.

Gastos com imigrantes

Em tom de denúncia, o conservador Le Figaro traz em sua manchete a revelação de que as despesas de saúde do governo francês com os estrangeiros residentes no país há mais de três meses teve uma alta de 16,4% este ano e os gastos vão ultrapassar 800 milhões de euros (R$ 2,4 bilhões). A fatura da assistência médica aos estrangeiros explodiu, afirma o diário.

O jornal se baseia em um relatório sobre o projeto orçamentário de 2014, elaborado por um deputado do partido UMP, de oposição. Segundo o parlamentar, as despesas estão ligadas a beneficiários cada vez mais numerosos e difíceis de serem identificados.

Tudo isso dentro de um sistema opaco, afirma o Le Figaro. O deputado Claude Goasguen vai exigir uma reforma para "limpar" o sistema e concentrar as ajudas aos estrangeiros somente em casos de urgência.

Taxas de juros

O diário econômico Les Echosv traz em sua manchete a repercussão sobre a decisão do Banco Central Europeu de reduzir de 0,5 para 0,25% sua principal taxa de juros. Ninguém esperava, afirma o jornal, mas o BCE achou oportuno agir para lutar contra um índice de inflação muito baixo, de apenas 0,7% em outubro.

O efeito foi imediato com uma queda de 0,6% da cotação do euro em relação às principais moedas mundiais. Essa redução é bem vinda num contexto de retomada de crescimento fraco na Europa e diante da penalização das exportações europeias devido ao euro forte.

Depois de um longo período ausente da chamada "guerra cambial", o Banco Central Europeu decidiu entrar nesse conflito, afirma o Les Echos.

 

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