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França/Economia

Europa questiona eficácia da austeridade econômica

Os temas econômicos dominam a imprensa nesta quinta-feira, 21 de novembro de 2013. Das políticas de austeridade europeias à reforma fiscal francesa, os diários se perguntam quais são as alternativas que permitiram uma saída definitiva da crise.

Capa dos jornais Libération, Le Figaro, e Les Echos desta quinta-feira, 21 de novembro
Capa dos jornais Libération, Le Figaro, e Les Echos desta quinta-feira, 21 de novembro
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O jornal progressista Libération comenta um estudo feito por um renomado economista da Comissão Europeia que questiona a eficácia das políticas de rigor econômico. Isso depois que especialistas do Fundo Monetário Internacional e da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos também já haviam alertado para as consequências negativas da austeridade.

"Na falta de vastos projetos de desenvolvimento, a austeridade pesa sobre a economia e alimenta a contestação e os populismos", afirma Libération. Segundo o diário, esse debate já chegou até mesmo à Alemanha, principal defensora das medidas de rigor.

A dificuldade que os economistas europeus enfrentam agora é encontrar uma alternativa ao dogma da austeridade. Quanto aos líderes do bloco, eles vão ter que convencer a chanceler Angela Merkel a mudar a sua doutrina econômica.

Reforma

A manchete de Le Figaro aborda a reforma fiscal francesa, um vasto projeto de reorganização que começa a ser discutido na segunda-feira pelo governo socialista.

O jornal conservador afirma em seu editorial que a classe média francesa já está preocupada com um possível novo aumento dos impostos. E diz que esse debate é uma manobra do primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault para calar seus adversários dentro do próprio partido socialista.

O jornal diz que nesse contexto de crise não é necessário abrir uma grande discussão sobre a política fiscal, mas sim anunciar rapidamente "uma redução generalizada dos impostos e uma alta generalizada das economias".

Do outro lado do espectro político, o comunista L'Humanité denuncia que o peso dos impostos está aumentando para os trabalhadores, enquanto o governo pisa em ovos para não desagradar as grandes empresas.

"O imposto é o instrumento insubstituível das políticas públicas. Mas para que isso fique claro, é preciso que as políticas públicas sejam claras, ambiciosas e igualitárias. Ou seja, o oposto das políticas de austeridade", diz o editorial de L'Humanité.

Pressão fiscal

O tema dos impostos também é a manchete do diário econômico Les Echos. Um levantamento colocou a França no penúltimo lugar entre os países europeus pela pressão fiscal sobre as empresas.

Os impostos chegam a 64,7%, devido em grande parte aos elevados encargos sociais. A média europeia é 41,1%. Os franceses só perdem para os italianos.

Mas Les Echos pondera que o estudo não levou em consideração todas as possibilidades de desconto no imposto previstas na legislação, o que melhoraria a classificação da França.

 

 

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