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Jornal Le Figaro destaca barbárie no Maranhão

A imprensa francesa continua a se interessar pelo suposto romance secreto entre o presidente François Hollande e a atriz Julie Gayet. Nos assuntos internacionais, há também espaço para a crise do sistema penitenciário do Maranhão.

O Complexo Penitenciário de Pedrinhas é uma prisão estadual formada por oito unidades: o Presídio Feminino, a Penitenciária de Pedrinhas, a Casa de Detenção, o Centro de Custódia, o Presídio São Luis I e II, o Centro de Detenção provisória e a triagem.
O Complexo Penitenciário de Pedrinhas é uma prisão estadual formada por oito unidades: o Presídio Feminino, a Penitenciária de Pedrinhas, a Casa de Detenção, o Centro de Custódia, o Presídio São Luis I e II, o Centro de Detenção provisória e a triagem. REUTERS/Douglas Jr./O Estado do Maranhao
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Barbárie. Assim o jornal francês classifica a situação no Maranhão. A reportagem assinada pela correspondente Lamia Oualalou avalia que o sistema carcerário no Brasil é caótico, violento e torna os detentos ainda mais brutais. A falta de higiene, os maus tratos e a superlotação são alguns dos fatores que alimentam esse coquetel explosivo de violência.

Na avaliação do jornal, as decapitações dos prisioneiros mostradas em um vídeo feito pelos próprios detentos maranhenses é apenas a comprovação da horrível situação das prisões brasileiras. Le Figaro revela ainda que o Brasil tem 550 mil presos, o que representa a quarta maior população carcerária do mundo. O país fica atrás apenas dos Estados Unidos, da Rússia e da China.

Diante desse quadro, o jornal acredita que a discussão sobre a redução da maioridade penal no Brasil não faz sentido. Jogar adolescentes nesse sistema carcerário seria um grande erro.

 Romance

Às vésperas da grande entrevista coletiva que o presidente François Hollande vai conceder amanhã, o escândalo do suposto romance com a atriz Julie Gayet caiu muito mal, avalia o jornal Aujourd'hui en France. O presidente, que sofre com altas taxas de impopularidade, gostaria de aproveitar esse encontro com a imprensa para mostrar pulso firme na condução da crise econômica, mas, pelo visto, vai ser bombardeado com perguntas sobre a sua vida privada e sobre o estado de saúde da primeira-dama.

Nesta segunda-feira (13) a companheira de Hollande, Valerie Trierweiller, deve receber alta do hospital. Ela foi internada na sexta-feira passada, dia em que foi publicada uma reportagem sobre o relacionamento amoroso secreto do presidente francês. O porta-voz da primeira-dama disse que ela precisa de "descanso" e afirmou que ela precisa fazer também uma série de exames.

Hollande disse que o material da revista Closer era um "desrespeito à sua privacidade", mas não desmentiu o romance com a atriz.

Austeridade

Para o Libération, Hollande vai ter que tentar ignorar todas essas distrações sobre a sua vida pessoal para se concentrar no programa dessa segunda metade do seu mandato. O objetivo é martelar para a imprensa as propostas de política econômica, as reformas e deixar de lado as fofocas, já que, segundo uma pesquisa do Journal du Dimanche, 77% dos franceses acham que o romance do presidente só diz respeito a ele mesmo.
Se conseguir escapar das perguntas sobre a sua vida amorosa, Hollande deve anunciar medidas de austeridade e mais cortes das despesas públicas.
 

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