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UE/Direitos Humanos

Situação dos direitos humanos piora na Ucrânia e na Rússia, constata ong IPHR

A atual crise política na Ucrânia e o envolvimento da Rússia no conflito estão sendo monitorados pela ong Parceria Internacional para os Direitos Humanos, do inglês International Partnership for Human Rights (IPHR). A entidade tem sede em Bruxelas e atua como grupo de influência no Parlamento Europeu.

A brasileira Mariana Rocha, da Parceria Internacional para os Direitos Humanos, em Bruxelas.
A brasileira Mariana Rocha, da Parceria Internacional para os Direitos Humanos, em Bruxelas. RFI
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Segundo a brasileira Mariana Rocha, que trabalha na Parceria Internacional para os Direitos Humanos, "grupos locais ucranianos têm recebido uma demanda enorme para monitorar violações que estão acontecendo no país". Recentemente, a IPHR enviou uma missão à Ucrânia para monitorar a situação das pessoas que foram deslocadas à força, que tiveram de deixar a Crimeia devido às várias restrições práticas e políticas que aconteceram após a anexação da península pela Rússia, relata a brasileira.

Repressão na Rússia

Mariana Rocha relata que desde 2012 a situação "piorou muito" para as organizações da sociedade civil que trabalham na Rússia. "Foram instauradas uma série de leis que restringem o acesso a financiamentos e também obrigam as organizações a se registrar como agentes estrangeiros, como se fossem 'espiões', e trabalhassem no interesse de governos estrangeiros, não no interesse da população local", explica a brasileira em entrevista à RFI.

Missão da IPHR

A missão da IPHR é reforçar grupos da sociedade civil que lutam pela defesa dos direitos humanos. A União Europeia tem uma forte política nessa área e tem obrigação, de acordo com os tratados que regem o funcionamento do bloco, mais recentemente o Tratado de Lisboa (2007), de ter sua política externa guiada por princípios de direitos humanos e democracia.

Esse apoio da IPHR vai do simples monitoramento de países com baixas garantias de direitos humanos à concessão de financiamentos para apoiar o trabalho de organizações locais. Um exemplo prático de ação é o pagamento de advogados para acompanhar prisioneiros políticos, além de outros tipos de assistência às vítimas de violações. Os problemas constatados no terreno são, em seguida, transcritos para relatórios com recomendações endereçadas ao Parlamento Europeu.

Mariana Rocha admira as ações das instituições europeias. Ela lamenta a falta de uma integração semelhante no Brasil e entre os países da América Latina.

Ouça a entrevista completa clicando no áudio abaixo.

07:18

Direitos Humanos na UE

 

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