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Gaza/Bombardeio

Israel realiza mais de 300 ataques contra Faixa de Gaza durante madrugada

Israel intensificou os bombardeios à Faixa de Gaza na madrugada desta quinta-feira (10). De acordo com o Exército israelense, os mais de 300 ataques das últimas horas, o dobro da véspera, tinham supostamente como alvo casas de membros do movimento islâmico Hamas e possíveis esconderijos de armas. O Conselho de Segurança da ONU se reúne hoje para avaliar a situação no Oriente Médio.

Os bombardeios de Israel contra a Faixa de Gaza se intensificaram na noite de quarta para quinta-feira,(10) a maior parte dos mortos é de Khan Younis (foto), no sul da Faixa de Gaza.
Os bombardeios de Israel contra a Faixa de Gaza se intensificaram na noite de quarta para quinta-feira,(10) a maior parte dos mortos é de Khan Younis (foto), no sul da Faixa de Gaza. REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
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“Nós atingimos 322 alvos em Gaza durante a última noite, aumentando a 750 o número total de ataques contra o Hamas desde o início da operação ‘Limite Protetor’”, informou o porta-voz do Exército israelense, Peter Lerner, em uma entrevista coletiva. “Continuaremos nossa operação para pressionar ainda mais o Hamas”, completou, dizendo que uma ofensiva terrestre é outra opção que está sendo considerada.

A operação “Limite Protetor” é a mais violenta desde o início da ação israelense, que começou há três dias, e que matou 22 pessoas nesta quinta-feira. Oito membros de uma mesma família, incluindo cinco crianças, morreram em Khan Younès, no sul de Gaza.

O ataque foi uma represália aos 30 foguetes lançados pelo Hamas contra alvos no sul de Israel, Tel Aviv, Jerusalém e Haifa, em menos de uma hora. Nove israelenses ficaram feridos quando tentavam se proteger nos abrigos antiaéreos.

De acordo com o Exército israelense, o Hamas teria cerca de 10 mil mísseis preparados para atingir o território inimigo. Já os palestinos denunciam um massacre contra a população de Gaza, alegando que os mísseis israelenses matam não só os combatentes do Hamas, mas também dezenas de civis, entre eles, muitas mulheres e crianças. Desde o início da escalada, na noite de segunda-feira, 70 palestinos foram mortos; 50 deles eram civis.

A onda de violência em Gaza é a mais grave desde o fim de 2012. Ela começou após o sequestro e o assassinato de três estudantes israelenses na Cisjordânia, cuja a autoria seria do Hamas, segundo Israel. Como forma de vingança, um jovem palestino foi queimado vivo em Jerusalém por extremistas israelenses.

Conselho de Segurança se reúne

O Conselho de Segurança da ONU se reúne hoje em Nova York para avaliar a situação no Oriente Médio. No encontro, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se reunirá a portas fechadas com integrantes dos 15 países membros do Conselho.

Ban Ki-moon passou toda a quarta-feira (9) conversando com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas. O secretário-geral da ONU fez um apelo para que Netanyahu cumpra suas obrigações de proteger os civis. Já sobre Abbas, Ban Ki-moon disse que o líder segue sendo “o melhor parceiro para a paz” e que lhe pediu para que siga firme em seu compromisso pela segurança de sua população.

Para Ban Ki-moon, a tensão em Gaza se deteriora a cada momento e pode facilmente fugir do controle das autoridades. “Gaza é uma faca de dois gumes. O risco de intensificação das violências é real. A região não tem condições de enfrentar mais uma guerra. Eu condeno os múltiplos ataques de Gaza contra Israel; eles são inaceitáveis e devem parar”, declarou.

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