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Israel/Cisjordânia

Israel anuncia ocupação de 400 hectares de terras na Cisjordânia

Israel anunciou neste domingo (31) a apropriação de cerca de 400 hectares de terras na Cisjordânia. Os Estados Unidos e a esquerda israelense pediram que Tel Aviv reconsidere a decisão.

Terreno que Israel pretende se apropriar está localizado entre Jerusalém e o bloco de assentamentos de Gush Etzion (foto), no sul da Cisjordânia.
Terreno que Israel pretende se apropriar está localizado entre Jerusalém e o bloco de assentamentos de Gush Etzion (foto), no sul da Cisjordânia. REUTERS/Ronen Zvulun
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Daniela Kresch, correspondente da RFI em Tel Aviv

O terreno fica entre Jerusalém e o bloco de assentamentos de Gush Etzion, no sul da Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967 e onde os palestinos almejam estabelecer um Estado independente.

Segundo a ong israelense Paz Agora, que é contra a ocupação, esta é a maior anexação de terra dos últimos 30 anos. Com a ação, Israel vai expropriar terras que antes pertenciam a cinco vilarejos palestinos.

A medida – condenada pela ministra israelense da Justiça, Tzipi Livni, – foi decidida na semana passada pelo governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. O objetivo é dar uma resposta ao sequestro e assassinato de três adolescentes israelenses por militantes do grupo islâmico Hamas, em junho.

Segundo Nabil Abu Rudeina, o porta-voz do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, a medida levará a mais instabilidade na região, principalmente poucos dias depois do fim do conflito entre Israel e o Hamas.

O diretor da ong Paz Agora, Yariv Oppenheimer, afirmou que a anexação é uma “facada nas costas” de Abbas. Para ele, a ação dificulta a retomada de negociações de paz com o presidente palestino, considerado moderado.

Já líderes dos colonos da região comemoraram a decisão e disseram que vão construir novas casas o mais breve possível.

Reações

O anúncio causou diversas reações devido ao risco de prejudicar os esforços diplomáticos feitos até agora para evitar uma nova espiral de violência.

Os Estados Unidos, assim como a esquerda israelense, pediram que o governo reconsidere a decisão de se apropriar das terras.
 

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