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Imprensa

Angela Merkel cobra de François Hollande rapidez na adoção de reformas

Os jornais desta segunda-feira (8) destacam em suas manchetes uma advertência da chanceler alemã, Angela Merkel, à França e um novo pacote de medidas econômicas em estudo no governo.  

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente francês,François Hollande em Bruxelas. Outubro de 2014.
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente francês,François Hollande em Bruxelas. Outubro de 2014. REUTERS/Christian Hartmann
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Le Figaro relata que em entrevista à imprensa alemã, no domingo (7), a chanceler Angela Merkel reclamou da lentidão da França em adotar reformas estruturais. O país necessita de um amplo ajuste fiscal para reduzir seu déficit e a dívida pública. Também precisa flebixilizar a legislação trabalhista e fazer cortes no funcionalismo para diminuir o rombo nas contas do governo. Em dois anos e meio de gestão socialista, algumas reformas foram adotadas, mas ainda falta muito a fazer. Essa demora penaliza outros países do bloco que, mais corajosos, adotaram medidas impopulares e agora retomam o caminho do crescimento.

O governo de François Hollande diz que está fazendo a lição de casa, mas a chanceler Angela Merkel afirma que o que viu até agora é pouco e insuficiente. O recado de Merkel também vale para a Itália.

Pacote econômico

O jovem ministro da Economia francês, Emmanuel Macron, tem consciência de que é preciso acelerar o ritmo das mudanças, mas ele enfrenta críticas em alas do Partido Socialista, que discordam da linha sócio-liberal de Hollande.

Na quarta-feira (10), Macron apresentará um projeto de lei ao Conselho de Ministros com propostas de abertura do comércio aos domingos, o fim da reserva de mercado de certas atividades profissionais, como a de cartórios e farmácias, além de outras medidas.

Segundo uma pesquisa do jornal Les Echos, 58% dos franceses são favoráveis às propostas do ministro da Economia. Ou seja, ele conta com o apoio de um pouco mais da metade da população. Porém, deputados e senadores governistas ameaçam rejeitar o pacote. As correntes internas do Partido Socialista não conseguem chegar a um consenso sobre a melhor forma de enfrentar a crise e impedem o avanço da agenda do governo.

Les Echos afirma que os principais motivos de atrito são a linha considerada excessivamente liberal de Hollande e Macron e o retrocesso de alguns direitos trabalhistas. Mas será preciso se acostumar, escreve o diário, porque, como demonstra a pesquisa, a maioria dos franceses aprova as reformas.
 

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