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Acidente aéreo/Malásia

Um ano após voo MH370 sumir, Malásia divulga relatório de peritos independentes

Há exatamente um ano, em 8 de março de 2014, o voo MH370 da Malaysia Airlines, que fazia a rota Kuala Lumpur - Pequim, desapareceu misteriosamente dos radares de controle, com 239 pessoas a bordo. Depois de meses de buscas, nenhum traço do aparelho foi encontrado, para desespero dos familiares dos desaparecidos. Neste domingo (8), as famílias se reuniram em Kuala Lumpur e as autoridades da Malásia decidiram revelar as conclusões de uma investigação realizada por peritos independentes.  

Um ano após o desaparecimento do avião, famílias das vítimas se reuniram em Kuala Lumpur neste 8 de março de 2015.
Um ano após o desaparecimento do avião, famílias das vítimas se reuniram em Kuala Lumpur neste 8 de março de 2015. AFP PHOTO / MANAN
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O relatório preliminar é uma etapa obrigatória para todos os acidentes aéreos que não tenham sido resolvidos depois de um ano.

O documento apresentado neste domingo (8) pelos peritos contratados pelas autoridades da Malásia contém duas conclusões relevantes: a primeira descarta a hipótese de um problema mecânico, já que o avião continuou a voar até suas reservas de combustível terminarem. A segunda conclusão aponta que a tripulação não pode ser incriminada; essa afirmação inocenta o piloto pois a possibilidade dele ter suicidado veio diversas vezes à tona.

Apesar destas revelações, o relatório dos peritos não traz nenhum dado novo sobre as circunstâncias ou as causas do desaparecimento do aparelho, apesar dos doze meses de investigação. A polícia malaia continua silenciosa sobre pistas eventuais que estariam sendo seguidas. Mas, ao que tudo indica, a hipótese do avião ter sido desviado está cada vez mais distante.

Famílias decepcionadas

As famílias dos desaparecidos não tinham nenhuma expectativa em relação ao relatório apresentado hoje; elas tiveram acesso às informações antes de terem sido divulgadas.

Parentes e amigos dos passageiros e tripulantes do voo da Malaysia Airlines se reuniram hoje em uma praça de Kuala Lumpur. Cerca de 20 famílias chinesas fizeram a viagem para participar da cerimônia, revelando que a maior parte dos chineses abandonaram as queixas judiciais devido à pressão das autoridades. Cerca de 2/3 dos passageiros a bordo eram chineses.

Um ano depois, resta às famílias apenas a tristeza, a dúvida, as lágrimas e as orações, ao lado do medo de que o dossiê do voo MH370 seja arquivado.

As autoridades da Malásia e da China garantiram que vão continuar as investigações.

 

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