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Saúde

Prótese no seio é associada a tipo raro de câncer, diz instituto francês

Cientistas do Instituto Nacional do Câncer conseguiram estabelecer uma relação entre o uso de próteses mamárias e o desenvolvimento de um tipo raro de câncer do sistema linfático. A pesquisa foi encomendada pelas autoridades sanitárias francesas.  

As autoridades de saúde francesas alertaram para o risco de câncer associado ao uso de próteses mamárias.
As autoridades de saúde francesas alertaram para o risco de câncer associado ao uso de próteses mamárias. wikipédia
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A hipótese da associação entre as próteses nos seios e o surgimento de câncer sempre foi levantada pela comunidade científica, mas faltavam provas. O relatório do Instituto Nacional do Câncer da França, porém, encontrou indícios de que alguns tipos de implante podem favorecer o surgimento do linfoma anaplásico de grandes células, um tipo raro de câncer linfático.

De acordo com o estudo, “o risco de linfoma anaplásico de grandes células nas mulheres portadoras de implantes mamários é 200 vezes mais elevado que nas mulheres da população em geral”. A conclusão foi considerada preocupante pelas autoridades francesas que decidiram criar um grupo de estudos sobre o tema.

De 2011 até hoje, 18 mulheres francesas entre 42 e 83 anos desenvolveram esse tipo raro de câncer, mas houve uma progressão do número de casos. “Houve um primeiro caso em 2011, dois em 2012, quatro em 2013 e 11 em 2015”, declarou François Hébert, diretor-geral adjunto da Agência Nacional de Segurança para medicamentos e produtos de saúde.

Segundo o diretor, uma reunião com especialistas será realizada até o final deste mês para saber “se é preciso ir mais longe na regulamentação [dos implantes de mama]”, avaliou. “Num primeiro momento, decidimos que as mulheres que se submeterem ao implante de próteses terão que ser advertidas sobre esse novo risco, ainda que seja baixo”.

A ministra da Saúde da França, Marisol Touraine, declarou hoje que as mulheres portadoras das próteses não devem se alarmar. “Não recomendamos que essas mulheres retirem os implantes”. Atualmente, 400 mil mulheres na França são portadoras de próteses mamárias. Desse total, 83% fizeram a cirurgia por motivos estéticos e 17% para reconstrução mamária.

 

 

 

 

 

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