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Grupo EI/Iraque

Tomada de Ramadi pelo grupo EI cria tensão entre EUA, Iraque e Irã

A dominação da cidade iraquiana de Ramadi pelos jihadistas do grupo Estado Islâmico criou um clima de tensão entre Estados Unidos, Iraque e Irã. O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, disse hoje ter ficado surpreso pelas declarações do secretário de Defesa americano, Ashton Carter, de que o exército do Iraque "demonstra falta de vontade em combater os jihadistas", ou seja, não está se empenhando, apesar das armas e equipamentos doados por Washington.

Carro em chamas em Ramadi, no Iraque, conquistada pelo grupo Estado Islâmico.
Carro em chamas em Ramadi, no Iraque, conquistada pelo grupo Estado Islâmico. Reuters/Stringer
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A queda de Ramadi, capital da província de Al-Anbar, localizada a cem quilômetros da capital, Bagdá, gera uma série de questões sobre a estratégia da Casa Branca na região. Mais de 3 mil bombardeios da coalizão liderada pelos Estados Unidos não foram suficientes para barrar o avanço dos jihadistas. A crítica mais virulenta vem do Irã, que diz que o presidente Barack Obama "não fez nada" para ajudar as tropas do Iraque.

Um general iraniano de alta patente, Ghassem Souleimani, questionou Obama diretamente, perguntando por que os Estados Unidos nada fizeram para defender Ramadi. O militar afirmou que Washington possui dezenas de aviões em uma base aérea vizinha de Ramadi. Muito irritado, o iraniano, que participou da reconquista de Tikrit, em março, disse que "só o Irã" combate a organização terrorista junto com o exército iraquiano.

Nos últimos dias, as tropas do Iraque conseguiram reconquistar parte do território perdido a leste de Ramadi, mas isso graças ao apoio de tribos sunitas e milícias xiitas.

Síria

Do outro lado da fronteira, a aviação do presidente sírio, Bashar al-Assad, realizou hoje (25) intensos bombardeios contra posições do grupo Estado Islâmico em Palmira, conquistada pelos extremistas na semana passada. Pelo menos 15 ataques foram lançados no centro e na periferia da cidade arqueológica tombada pela Unesco. Mas a carnificina dos jihadistas continua, pois, segundo informações recolhidas pela ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos, 217 pessoas foram executadas desde que tomaram a província de Homs, onde fica Palmira. Pelo menos 150 vítimas eram soldados sírios.

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