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Ciência

As expectativas em torno de “uma segunda Terra”

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Um grupo de investigadores encontrou um exoplaneta (planeta fora do Sistema Solar) baptizado “Proxima b”, com uma temperatura que permite a existência de água líquida, uma condição essencial para ter vida. Há quem fale em “segunda terra” já que o planeta se encontra na zona habitável da sua estrela. Pedro Russo, professor de astronomia na Universidade de Leyden, na Holanda, explicou à RFI a importância da descoberta e as expectativas dos cientistas.

Imagem registada pelo Observatório Europeu do Sul, a 24 de Agosto de 2016.
Imagem registada pelo Observatório Europeu do Sul, a 24 de Agosto de 2016. AFP/ M. Kornmesser / Observatório Europeu do Sul
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“Para já é apenas uma especulação científica, mas a ciência funciona assim”, explicou Pedro Russo, professor de astronomia na Universidade de Leyden, na Holanda, quando questionado sobre se há vida no exoplaneta que tem concentrado as atenções dos cientistas nos últimos dias.

Este planeta está muito mais próximo da sua estrela que o planeta terra. No entanto, a sua proximidade e as condições desta estrela permitem que os astrónomos digam que a sua temperatura seja muito próxima de temperaturas que temos na terra (…) Mas há toda uma amplitude térmica que permite de certa forma dizer que poderá ter condições para albergar água na forma líquida e que nós sabemos ser essencial para ter vida, pelo menos a vida como nós conhecemos no nosso planeta”, descreveu o astrofísico.

Pedro Russo admite que “neste momento os instrumentos permitem apenas detectar e confirmar a sua existência e dar pistas para a sua composição, o seu tamanho, a distância à estrela” e que são necessários “telescópios mais avançados”.

Cabe aos governos, cabe à população em geral decidir se é ou não importante fazer esse tipo de investimentos e realmente tentar perceber em que tipo de universo é que nós vivemos, se existe vida neste planeta ou não. É uma pergunta essencial para a compreensão do próprio ser humano, do nosso planeta”, disse, apontando acreditar que “esse investimento vai acontecer”.

Eu creio que nos próprios 20, 30 anos vamos poder dizer que existe vida num destes exoplanetas se construirmos os telescópios que nós precisamos”, declarou.
 

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