Primeiro-ministro guineense lamenta "intenção deliberada" de destituir o governo
Domingos Simões Pereira, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, falou hoje em "uma intenção deliberada evidente de provocar uma crise para justificar a decisão de destituição do governo". Em causa, o desentendimento entre o Presidente da República e o executivo.
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Domingos Simões Pereira, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, falou, esta quinta-feira, em "rude e traiçoeiro golpe" e apontou que "o governo conclui da existência de uma intenção deliberada evidente de provocar uma crise para justificar a decisão de destituição do governo resultante das últimas eleições legislativas".
O chefe do executivo avisou: "Todos os mecanismos legais e democráticos serão utilizados para preservar a ordem e evitar a interrupção desta caminhada do país rumo à paz e desenvolvimento".
Domingos Simões Pereira, Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau
As declarações acontecem numa altura em que a possiblidade de o chefe de Estado, José Mário Vaz, demitir o governo é admitida por fontes partidárias e diplomáticas em Bissau, na sequência de dificuldades de relacionamento entre o Presidente e o primeiro-ministro.
José Mário Vaz continua a realizar audições com líderes partidários no Palácio da Presidência para analisar a situação política no país.
No início de Julho, o presidente guineense foi ao parlamento para dirigir um discurso à nação, no qual desmentiu rumores sobre a possibilidade de demitir o Governo, prometendo apoiá-lo e defender a estabilidade no país, mas deixando no ar a ideia de que prefere ver feita uma remodelação governamental.
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