Acesso ao principal conteúdo
Guiné-Bissau

Presidente guineense inicia auscultações com vista a por fim à crise

O Presidente guineense José Mário Vaz iniciou hoje auscultações com vista a encontrar pistas para uma saída de crise na Guiné-Bissau, o dia de hoje sendo reservado a conversações com a sociedade civil, designadamente a Liga Guineense dos Direitos Humanos, Jomav devendo avistar-se esta terça-feira com os partidos políticos com assento parlamentar.

Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC
Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC facebook.com/dsimoespereira.paigc
Publicidade

Em causa está o recente agudizar da crise no seio da força política maioritária, o PAIGC, depois da recente expulsão do partido e retirada dos seus respectivos mandatos parlamentares de 15 dos seus deputados que optaram por associar-se à oposição para derrubar o governo de Carlos Correia. Os 15 deputados em questão não acataram a decisão da direcção do seu partido, gerando-se uma situação política confusa.

Ainda antes da sua auscultação amanhã, ao dizerem-se abertos ao diálogo, 5 partidos guineenses que se assumem como defensores da democracia e das leis da República, não deixaram de tecer críticas hoje sobre o panorama político vivenciado actualmente no país.

Numa conferência de imprensa na qual apresentaram uma carta aberta aos cidadãos guineenses e à comunidade internacional lida pelo líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, foi denunciado o que dizem ser uma tentativa de golpe de Estado em curso no país, golpe que seria perpetrado pelos 15 elementos do PAIGC, todos deputados, expulsos do partido e alegadamente substituídos no Parlamento.

Os cinco, que criaram um espaço de concertação política aberto a outras forças partidárias que comungam os ideais da democracia, acusam ainda "outras forcas políticas" de se terem aliado ao pretenso golpe institucional. Afirmam ainda que o pretenso golpe tem como fito parar os processos de inquérito às contas públicas mandadas fazer pelo Governo e pelo Parlamento.

01:06

Declarações de Domingos Simões Pereira recolhidas por Mussa Baldé

De salientar que no sábado passado, durante as cerimónias assinalando os 53 anos do início da luta armada na Guiné-Bissau, o primeiro-ministro Carlos Correia denunciou manobras para interromper o desenvolvimento do país, tendo avisado que vão falhar porque, na sua óptica, "o povo não vai deixar que isso aconteça". Carlos Correia não citou nomes mas mencionou que a mesma manobra foi tentada em Agosto, numa referência ao mês em que Domingos Simões Pereira foi demitido do cargo de chefe do governo.

Refira-se que é também neste contexto conturbado que hoje o secretário executivo da CPLP Murade Murargy anunciou que vai visitar Bissau entre os dias 10 e 12 de Fevereiro no intuito de tentar ajudar as autoridades guineenses a ultrapassar esta crise político-institucional.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.