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Guiné-Bissau

Guiné-Bissau por enquanto sem solução à vista

O Presidente guineense José Mário Vaz continuou hoje as auscultações políticas que tem conduzido desde o começo da semana no intuito de explorar pistas para por fim à crise vigente há largas semanas no país com desentendimentos entre a presidência e o governo e, por outro lado, disfuncionamentos no seio da Assembleia Nacional Popular.  

Palácio da Presidência da Guiné-Bissau.
Palácio da Presidência da Guiné-Bissau. Liliana Henriques / RFI
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Ainda ontem, o programa do governo foi aprovado por 59 parlamentares sobre um total de 102 assegurando assim a continuidade do executivo de Carlos Correia no poder. Contudo o voto aconteceu na ausência dos deputados do PRS, o principal partido de oposição tendo anunciado ter formado uma nova maioria juntamente com outras estruturas políticas e os 15 deputados recentemente expulsos do PAIGC no poder. Este grupo de deputados defende que o Presidente da República deve demitir o Governo.

Foi neste contexto complexo que hoje o Presidente guineense recebeu os líderes da comunidade muçulmana e da Igreja Católica que apelaram para que o chefe de Estado promova o diálogo no seio da classe política. Esta foi igualmente a mensagem dos representantes da comunidade internacional recebidos hoje em audiência com Jomav. Tanto o representante da União Africana, Ovídeo Pequeno, como o das Nações Unidas, Miguel Trovoada, saíram deste encontro convencidos do extremar de posições entre as partes desavindas. No entanto, ambos reclamaram um "dialogo sério e franco entre os responsáveis políticos guineenses", lembrando que "não cabe à comunidade internacional resolver o impasse que se vive na Guiné-Bissau".

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Miguel Trovoada, representante do secretário-geral da ONU em Bissau, em declarações recolhidas por Mussa Baldé

Entretanto, em Addis Abeba na Etiópia, em véspera da 26ª sessão da Cimeira dos Chefes de Estado e Governo da União Africana, o ministro dos negócios estrangeiros guineense Artur Silva que tem estado presente na conferência, escusou-se a comentar a crise politica que tem vindo a assolar o seu país.

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Chefe da diplomacia guineense, Artur Silva, entrevistado pela enviada especial a Addis Abeba, Neidy Ribeiro

O chefe da diplomacia guineense mostrou-se contudo mais prolixo quando abordou com a enviada especial da RFI o resultado da reunião na qual participou hoje sobre o projecto de aproveitamento da bacia do rio Gâmbia, um projecto que reúne a Gâmbia, a Guiné-Conacri e a Guiné-Bissau e cujo intuito é nomeadamente optimizar o fornecimento de energia eléctrica nesses 3 países. O Banco Africano de Desenvolvimento disponibilizou no passado mês de Novembro quase 29 milhões de Euros para o governo guineense financiar diversas áreas, designadamente a sua participação nesse projecto regional. Ao evocar a importância desse pelouro, Artur Silva enunciou os avanços alcançados na reunião de hoje.

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Chefe da diplomacia guineense, Artur Silva, entrevistado pela enviada especial a Addis Abeba, Neidy Ribeiro

 

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