Líder do partido no poder na Guiné-Bissau pede eleições antecipadas

Em vésperas de o Presidente guineense falar amanhã ao Parlamento em pleno impasse político em torno da perda de mandato de 15 deputados expulsos do PAIGC que a justiça mandou reintegrar no hemiciclo, o PAIGC, partido no poder, advogou hoje que se realizem eleições antecipadas.

Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau Liliana Henriques/RFI

Num encontro com os militantes do seu partido na região de Cacheu, o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, considerou que a solução para a crise consiste no respeito dos resultados das últimas eleições gerais pelo chefe de Estado, deixando o PAIGC governar ou então que José Mário Vaz convoque rapidamente novas eleições gerais para que o povo guineense se possa pronunciar sobre quem quer para o governar.

Domingos Simões Pereira afirmou ainda que é o Presidente da República quem tem estado "a tentar a todo custo colocar no Governo pessoas da sua confiança" e que o PAIGC não pode continuar a fingir que não percebe isso mas também que não vai permitir que tal aconteça.

Ao alertar para o risco dos parceiros internacionais desistirem de entregar os cerca de 1, 5 mil milhões de dólares prometidos durante a mesa redonda em Março do ano passado em Bruxelas, Domingos Simões Pereira, defendeu a realização de eleições antecipadas argumentando que elas custariam ao país apenas 10 milhões de dólares. Mais pormenores com Mussa Baldé.

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Mussa Baldé, correspondente da RFI em Bissau