Bubo Na Tchuto condenado a quatro anos de prisão

O ex-chefe de Estado-Maior da Armada da Guiné-Bissau foi condenado a quatro anos de prisão nos Estados Unidos. Bubo Na Tchuto foi detido em 2013 e que confessou crimes de tráfico de droga em 2014.

Bubo Na Tchuto, em Agosto de 2008. AFP

Em tribunal e em crioulo, Bubo Na Tchuto antes da leitura da sentença disse não ter nada a acrescentar além de arrependimento: "Não tenho muito para dizer, além de que estou arrependido dos meus actos”.

José Américo Bubo Na Tchuto, antigo Chefe de Estado-Maior da Armada da Guiné-Bissau, foi condenado por conspirar para importar narcóticos para os Estados Unidos da América.

A sentença foi anunciada ontem ao fim do dia, num Tribunal de Manhattan pela voz do juiz Richard Berman. O almirante foi condenado a quatro anos de prisão depois de ter chegado a um acordo com a justiça norte-americana e de se ter declarado culpado em Maio de 2014.

Em entrevista à RFI o jurista guineense, Fodé Mané, refere que esta sentença tomou em consideração a colaboração de Bubo Na Tchuto com as autoridades americanas bem como ter tido bom comportamento no estabelecimento prisional onde se encontra. De sublinhar que Bubo Na Tchuto, arriscava uma pena que podia ir até prisão perpétua.

"Facilitando em termos de provas, para não dar muito trabalho ao acusador, este em contrapartida pede uma condenação mais razoável facilitando assim todo o processo. E neste caso, havendo a colaboração e uma espécie de arrependimento a filosofia da justiça dos Estados Unidos (...) é uma pena mais suave".

No final da pena Bubo Na Tchuto será deportado dos Estados Unidos e Fodé Mané admite que o país está preparado para receber todos os seus cidadãos.

" As próprias autoridades norte-americanas devem ter sido asseguradas pelo próprio comportamento do acusado de que não vai haver reincidência. Toda a preocupação que tinham sobre o envolvimento já está assegurada mais tranquilamente".

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Fodé Mané, jurista guineense

O antigo Chefe de Estado-Maior da Armada da Guiné-Bissau foi detido a 4 de Abril de 2013, em águas internacionais ao largo de Cabo Verde, numa operação de combate ao tráfico de droga liderada pelo Departamento Antidroga dos Estados Unidos (DEA).