Crise guineense muda-se para Conacri
Durante os próximos dias a crise política na Guiné-Bissau vai deslocar-se para a Guiné-Conacri. Nas negociações que serão mediadas pelo representante da CEDEAO, o Presidente Alfa Condé as partes desavindas vão tentar encontrar uma solução para o impasse que se instalou no país.
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Antes de deixar o país o grupo dos quinze, que é visto como o motivo da crise, não prestou qualquer declaração à imprensa. No entanto, o presidente do Parlamento falou e disse que a solução da crise passa pelo retorno dos quinze dissidentes ao PAIGC, a demissão do actual executivo e a formação de um novo governo inclusivo.
Cipriano Cassamá, presidente do Parlamento, o epicentro da crise político-institucional, defende a demissão do actual executivo liderado por Baciro Djá e a formação de um novo governo inclusivo. "Vamos falar da formação de um governo e a demissão deste. Formação de um governo inclusivo que integre todos os partidos com assento parlamentar, mas também fazer com que os quinze voltem à precedência", acrescentou Cipriano Cassamá.
Para o Secretário Nacional do PAIGC, Ali Hijazi, a posição visa o retorno do partido vencedor das eleições ao poder." Pensamos que é um ponto pacífico e que traga o retorno à legalidade constitucional".
Florentino Mendes Pereira, Secretário-geral do PRS, partido que apoia o actual governo, disse aceitar qualquer proposta que possa tirar o país desta crise. " Toda a proposta que visa estabilizar o país, o PRS vai corroborar".
Em nome da sociedade Civil, o presidente da Liga guineense dos Direitos Humanos, Augusto Mário da Silva, defende que é urgente um entendimento entre os actores políticos, para viabilizar o país. "Perante a precariedade da situação não vejo outra saída se não de facto o entendimento entre eles para viabilizar o país".
Entre deputados, dirigentes políticos, sociedade civil e confissões religiosas, no total de vinte e cinco elementos compõe a delegação que procura até quinta-feira uma solução para a crise política guineense negociações que serão conduzidas pelo mediador da CEDEAO, o Presidente Alfa Condé.
Correspondência de Aliú Candé
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