Na Gâmbia, o Presidente cessante Yahya Jammeh favoreceu largamente durante os seus 22 anos de poder a sua etnia diola ou felupe que abrange cerca de 10% da população, em detrimento da etnia mandinga maioritária no país com mais de 40% da população.O investigador português Raúl Braga Pires recorda que "já depois de ter aceite a derrota [face a Adama Barrow, que depois contestou] Yahya Jammeh afirmou: mato pessoalmente todos os mandingas que façam parte das forças armadas".O pesquisador aborda ainda a questão do silêncio da lusofonia e em particular da Guiné-Bissau e de Cabo Verde membros da CEDEAO sobre esta crise, que segundo ele vai "fragilisar o Presidente José Mário Vaz", defende que Adama Barrow poderá "usar a carta da Senegâmbia" para unir os gambianos, mas também refere o risco de "derrapagem regional desta crise, na qual a Nigéria pretende afirmar a sua soberania militar no seio da CEDEAO".
Ver os demais episódios
-
BD em francês conta “Revolução dos Cravos” às crianças
A banda desenhada “La Révolution des Oeillets - 25 Avril 1974 - Le Jour de la Liberté” [“A Revolução dos Cravos - 25 de Abril de 1974 – O Dia da Liberdade”] conta a história da ditadura portuguesa e do golpe militar que a derrubou a 25 de Abril de 1974. A obra, da autoria de Sandra Canivet da Costa e com ilustrações de Jay Ruivo, está escrita em francês, é destinada a leitores a partir dos seis anos e sai a 24 de Abril em França e na Suíça.16/04/202413:07 -
Gaza: "Civis são a questão mais importante, o Hamas sabe disso e Israel também"
Apesar de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que apela a um cessar-fogo imediato, os combates na Faixa de Gaza continuam, seis meses depois do início da guerra desencadeada pelo ataque do Hamas contra Israel, a 7 de outubro. O coordenador de mestrado de Relações Internacionais na Universidade de Abu Dhabi, Ivo Sobral, defende que "os civis em Gaza são a questão mais importante. O Hamas sabe disso. Israel sabe disso".05/04/202411:52 -
Guiné-Bissau: Liga dos Direitos Humanos apela à criminalização do feminicídio
A Liga Guineense dos Direitos organizou uma vigília esta quarta-feira, 3 de Abril, ao final do dia para denuncia o aumento de casos de feminicídio na Guiné-Bissau. A vigília teve por lema “Cinco minutos de silêncio, em homenagem às duas mulheres assassinadas na região de Gabú”. O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humano, Bubacar Turé, denuncia a política de silenciamento do governo guineense.04/04/202408:16 -
Lyz Parayzo, a artista que transforma a violência em escultura
A artista e activista brasileira Lyz Parayzo está em destaque na exposição “100% L’Expo”, em Paris, que junta cerca de 50 artistas emergentes, de 27 de Março a 28 de Abril. Lyz Parayzo foi convidada para criar uma instalação que ocupa o exterior do edifício, com esculturas móveis metálicas e suspensas, em forma de espiral e com pontas cortantes, que remetem para a violência de que ela é vítima devido à sua identidade transfeminina.21/03/202414:21 -
Angola: Governo está disponível para negociar com sindicatos
Em Angola termina nesta sexta-feira, 22 de Março, a greve geral de três dias convocada pela Força Sindical União Nacional dos Trabalhadores, Confederação Sindical e a Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola, exigindo nomeadamente aumentos do salário mínimo. António Estote, ponto focal do grupo Técnico do Governo de Angola nas negociações com os sindicatos, explica as questões que bloquearam as negociações, porém confirma que o executivo continua aberto ao diálogo.22/03/202409:00