Guiné-Bissau: inconformados vão continuar as manifestações
O líder do Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados com a crise política na Guiné-Bissau garante que não podem e nem vão parar com as manifestações enquanto persistir a crise no país.
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Sana Canté anunciou que o primeiro-ministro lhes solicitou que parassem com as manifestações de rua, mas o Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados recusou.
A preocupação de Umaro Sissoco Embaló prende-se essencialmente com o facto de o Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados projectar para os dias 20 a 23 de Abril, uma série de manifestações de repúdio à deslocação à Guiné-Bissau do Presidente do Senegal, Macky Sall. Para Sana Canté, Macky Sall está a “instigar a persistência da crise" em Bissau.
Vários elementos do Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados da Guiné-Bissau reuniram-se com o líder do executivo guineense com o objectivo de encontrarem uma plataforma de entendimento. Todavia, Sana Canté sublinhou que “não podemos e nem vamos parar com as manifestações enquanto persistir a crise”. O grupo exige a demissão do presidente José Mário Vaz.
Na audiência, os jovens aproveitaram para denunciar e repudiar a acção da polícia, no passado sábado, aquando de uma vigília em Bissau. Os participantes foram dispersados com granadas de gás lacrimogéneo e bastonadas.
Umaro Sissoco Embaló prometeu medidas de segurança, a abertura de um inquérito ao sucedido e anunciou ainda que irá colocar o seu lugar à caso acontecer algo contra a integridade física dos líderes do movimento.
Mussa Baldé, correspondente em Bissau
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