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Guiné-Bissau: trabalhadores penalizados pela instabilidade

Os trabalhadores guineenses estariam a sofrer as consequências da instabilidade crónica do país. Esta uma tónica dos tradicionais desfiles do Dia do trabalhador que hoje decorreram na Guiné-Bissau.

Mercado no Norte da Guiné-Bissau
Mercado no Norte da Guiné-Bissau RFI/Miguel Martins
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A festa do dia do trabalhador é o mote para as duas centrais sindicais guineenses virem a público com as velhas reclamações perante o governo para a melhoria das condições laborais e os salários dos funcionários públicos.

Festejar sim, mas não descurar a precaridade laboral que o Governo proporciona aos servidores públicos, é o que dizem as duas principais centrais sindicais do país.

A UNTG, União Nacional dos Trabalhadores da Guiné diz que o Governo não quer melhorar o salário do funcionário público e dá ao Governo até finais de junho para que comece a implementar a nova grelha dos salários na função pública, caso contrário já em julho irá paralisar a administração estatal.

Entende a UNTG que o Governo tem condições objectivas para implementar a nova grelha salarial na função pública tal como ficou acordado em negociações tidas desde 2015.

Por sua vez, a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau alertou para a degradação da vida do trabalhador, o que se vê no aumento dos preços dos produtos e serviços e no atraso no pagamento de salários.

A confederação afirma que a instabilidade político-governativa tem sido sentida sobretudo pelos trabalhadores públicos cuja situação de vida tem sido cada vez mais precária.

Enquanto a confederação geral dos sindicatos independentes quer que o governo convoque o conselho permanente de concertação social para debater o novo código laboral e a proposta de reajuste salarial na função pública, a UNTG diz que não há mais nada a discutir com o Governo apenas o cumprimento dos acordos assinados.

Entretanto o presidente guineense prossegue até esta terça-feira um périplo africano, começado neste domingo, com etapas no Congo, Libéria, Costa do Marfim e Guiné Conacri.

Numa altura em que a CEDEAO, comunidade regional, afirma pretender sancionar os políticos que não respeitem o Acordo de Conacri.

E isto numa semana em que o presidente senegalês deveria começar na quarta-feira uma deslocação de quatro dias ao país.

Macky Sall que adiara uma visita agendada inicialmente para o mês passado. O Movimento dos cidadãos conscientes e inconformados que pede a renúncia de José Mário Vaz acusando-o de ser responsável pela crise política que tem paralisado o país há mais de um ano e meio.

Com a colaboração de Mussá Baldé, correspondente em Bissau
 

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