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GUINÉ-BISSAU

Guiné-Bissau: RSF alerta para censura

No dia mundial da liberdade de imprensa, a organização mundial Repórteres Sem Fronteiras publicou o seu relatório anual onde calcula o indíce da liberdade de imprensa no mundo. A Guiné-Bissau encontra-se em 77° lugar, em ligeira subida relativamente a 2016, quando se encontrava em 79° lugar.

No dia mundial da liberdade de imprensa, a organização mundial Repórteres Sem Fronteiras publicou o seu relatório anual onde calcula o indíce da liberdade de imprensa no mundo
No dia mundial da liberdade de imprensa, a organização mundial Repórteres Sem Fronteiras publicou o seu relatório anual onde calcula o indíce da liberdade de imprensa no mundo ©RSF
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O facto de o Governo ainda não ter implementado o acordo de Conacri, assinado em Outubro do ano passado, é um dos motivos que impedem o florescimento da liberdade de imprensa na Guiné-Bissau, segundo o relatório anual da organização Repórteres Sem Fronteiras. 

O relatório considera nomeadamente que a crise política levou o Estado "a interferir nos órgãos de comunicação públicos". A organização afirma que "os assuntos governamentais, sobre crime organizado e sobre a influência contínua das Forças Armadas continuam sujeitas a auto-censura". Isto terá levado muitos jornalistas a deixarem o país.

De realçar também que, este ano, Tengna Na Fafé, Director da Antena da televisão da Guiné-Bissau, afirmou que há censura naquele órgão de comunicação. O presidente do sindicato dos trabalhadores da TGB, Francisco Indeque, afirmou, na altura, que este fenómeno não era recente: "Sempre houve censura na televisão. Não é de agora. Esta que está sendo feita agora ultrapassa todas as espectativas". 

Ainda assim, o país regista uma ligeira subida relativamente a 2016 tendo em conta que subiu dois lugares. Segundo a RSF, isto deve-se ao facto de que muitas entidades privadas voltaram a operar este ano e que o Presidente, José Mário Vaz, "reafirmou o direito de liberdade de expressão garantido na Constituição adoptada em 2005". 

Lesmes Monteiro, porta-voz do Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados, critica a situação da imprensa na Guiné-Bissau. O activista considera nomeadamente que, sem as rádios privadas e internacionais, o país seria dominado pela censura.

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Lesmes Monteiro, porta-voz do Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados

 

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