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Guiné-Bissau

Guiné-Bissau: FMI quer livre concorrência no sector do caju

 O FMI defende a livre concorrência entre guineenses e estrangeiros para que a campanha de comercialização do caju possa decorrer da melhor maneira.

Colheita de castanha de caju
Colheita de castanha de caju AFP
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O Fundo Monetário Internacional defendeu esta quinta-feira (11/05) perante o Presidente José Mário Vaz, ser determinante que haja a livre concorrência para que a campanha de comercialização do caju possa decorrer da melhor maneira.

Segundo o FMI nenhum operador económico, seja ele guineense ou estrangeiro, pode ser impedido de comprar ou vender a castanha, desde que cumpra com as regras do mercado fixadas pelo Estado e pague os respectivos impostos.

Numa reunião de apresentação ao chefe do Estado guineense do novo representante do FMI na Guiné-Bissau, Tobias Rasmunsen em substituição de Oscar Melhado, este útimo disse o que pensa sobre a campanha de comercialização da castanha do caju, o principal produto de exportação do país, elemento estratégico para a economia guineense.

Para o FMI não pode haver nenhum impedimento à participação de comerciantes estrangeiros na campanha de compra e venda do caju guineense, sob pena de se atrofiar a economia.

É preciso fazer com que o produtor receba o melhor preço para o seu produto, defendeu Óscar Melhado, representante do FMI em final de missão "para o sector do caju o mais importante é garantir um preço alto aos produtores das aldeias, para tal é necessária a livre concorrência, não se devem colocar quaisquer impedimentos às pessoas  que pretendem vir comprar às comunidades, isso vai levar à melhoria do preço para o produtor".

De recordar que o preço mínimo do caju foi fixado a 500 FCFA/Kg (cerca de 0,76 cêntimos de euro) mas recentemente instaurou-se no país uma polémica entre o Presidente José Mário Vaz e o seu ministro do comércio Victor Mandinga sobre os preços praticados na Guiné-Bissau e no vizinho Senegal, pretendendo ainda o ministro por lei votada em Abril passado, mas ainda não promulgada pelo Presidente, excluir os estrangeiros da compra directa de caju ao produtor, o que o Presidente considera absurdo, tal como o ministro das finanças João Fadiá.

A audiência com o Presidente José Mário Vaz, na qual Oscar Melhado apresentou ao chefe do Estado guineense Tobias Rasmunsen, como novo representante do FMI na Guiné-Bissau, também serviu para a instituição indicar ao líder guineense que as Finanças Públicas vão no bom caminho, embora advertindo que é preciso continuar com o rigor na colecta das receitas e disciplina na distribuição de verbas para despesas públicas.
 

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