Domingos Simões Pereira: “Estado de direito democrático está ameaçado”
O líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, reiterou, hoje, que “o Estado de direito democrático está ameaçado” na Guiné-Bissau e disse não ter dúvidas que a CEDEAO vai “exigir o cumprimento do acordo de Conacri” na reunião de 4 de Junho em Monróvia, na Libéria.
Publicado a: Modificado a:
O líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, disse, hoje, não ter dúvidas que a CEDEAO vai “exigir o cumprimento do acordo de Conacri” na reunião de 4 de Junho em Monróvia, na Libéria. Domingos Simões Pereira reiterou que “o Estado de direito democrático está ameaçado” na Guiné-Bissau.
As afirmações foram feitas na festa das crianças, filhas de funcionários do PAIGC, pela ocasião do 01 de Junho, Dia Mundial da Criança.
“Espero que a CEDEAO mantenha a coerência da sua posição. Nós fazemos parte de organizações internacionais, sobretudo, com a intenção de reforçar as nossas instituições democráticas. O que está em causa é que o Estado de direito democrático está ameaçado e eu não tenho dúvidas que Monróvia irá confirmar aquilo que Abuja já havia feito que era chamar a atenção e exigir o cumprimento do acordo de Conacri, desta feita, responsabilizando aqueles que são reconhecidos como os principais obstáculos à implementação do acordo de Conacri”, afirmou Domingos Simões Pereira.
Oiça aqui a declaração registada pelo nosso correspondente Mussá Baldé.
Domingos Simões Pereira, Líder do PAIGC
A Guiné-Bissau vive num impasse político há cerca de dois anos, quando o Presidente demitiu o então primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, vencedor das eleições de 2014 pelo PAIGC. Desde então, o chefe de Estado nomeou mais quatro primeiros-ministros, um dos quais duas vezes, e o parlamento deixou de funcionar.
O Acordo de Conacri prevê a formação de um governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso.
Sete partidos escreveram à CEDEAO a pedir "medidas claras de impacto imediato"
Sete partidos políticos escreveram à presidente da CEDEAO, Ellen Johnson Sirleaf, a pedir "medidas claras de impacto imediato" para acabar com a crise no país.
Na carta, o grupo pede aos chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, que vão reunir no domingo em Monróvia, que tomem "tomar medidas claras de impacto imediato" para evitar que a sub-região tenha outro "foco de crise de consequências imprevisíveis".
A carta foi assinada pelo PAIGC, Partido da Convergência Democrática, União para a Mudança, Partido da Nova Democracia , Partido da Unidade Nacional, Partido de Solidariedade e Trabalho e o Movimento Patriótico.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro