Guiné-Bissau: chuva de críticas após prisão de Manecas dos Santos

Depois da prisão de um dia de Manecas dos Santos, antigo combatente na guerra da independência, são várias as vozes que criticam o desempenho da Justiça na Guiné-Bissau. A mais recente queixa vem de Basílio Sanca, bastonário da Ordem dos Advogados, que pediu a demissão do procurador-geral.

Chovem críticas sobre a actuação do poder judicial da Guiné-Bissau na sequência da prisão do antigo combatente na guerra da independência, Manecas dos Santos, detido de segunda para terça-feira. DR

Chovem críticas sobre a actuação do poder judicial da Guiné-Bissau na sequência da prisão do antigo combatente na guerra da independência, Manecas dos Santos, detido de segunda para terça-feira, depois de ter admitido que o país poderia vir a ter um golpe de Estado.

Depois de críticas de analistas políticos, agora é o Bastonário da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau que pede a cabeça do Procurador-Geral guineense, a quem acusa de estar a perseguir as pessoas em vez de realizar justiça.

Ainda na ressaca da prisão de 24 horas do comandante Manecas dos Santos, antigo guerrilheiro da luta armada pela independência da Guiné e de Cabo Verde, o bastonário da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau, Basílio Sanca, quer que o Presidente José Mário Vaz demita o Procurador-Geral da Republica, António Sedja Man.

Basílio Sanca afirmou nomeadamente que o que estava a acontecer com Manecas dos Santos "não tem nada que ver com a organização da Justiça, é apenas o uso do aparelho judiciário para a perseguição das pessoas".

O bastonário da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau diz ainda que a actuação do Procurador, António Sedja Man, faz com que os cidadãos deixem de ter confiança no Ministerio Público pelo que a única solução é o Presidente José Mário Vaz mudar do Procurador-Geral da República.

Confira a crónica de Mussá Baldé, correspondente da RFI na Guiné-Bissau, sobre o assunto. 

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Crónica de Mussá Baldé, correspondente da RFI na Guiné-Bissau