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Guiné-Bissau

Partidos guineenses querem lançar acção contra Jomav no TPI

Durante este fim-de-semana, o colectivo de Partidos Políticos Democráticos que congrega 17 formações com e sem assento parlamentar, nomeadamente o PAIGC, organizou um comício em Bissau, em que anunciou que pretende lançar uma acção contra o Presidente da República junto do Tribunal Penal Internacional por alegado encobrimento das supostas ligações do Primeiro-ministro com terroristas.

O Presidente José Mário Vaz é acusado pelo colectivo de partidos de "encobrir ligações do Primeiro-ministro com terroristas".
O Presidente José Mário Vaz é acusado pelo colectivo de partidos de "encobrir ligações do Primeiro-ministro com terroristas". Sia KAMBOU / AFP
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Ao referir que o colectivo tem em mãos elementos suficientes para lançar esta acção, o presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, declarou que antes de nomear o actual Primeiro-Ministro, o Presidente José Mário Vaz tinha sido informado “por elementos da secreta internacional" das alegadas ligações entre Umaro Sissoco e terroristas, pelo que "o Presidente será responsabilizado por todas as consequências deste acto”, acrescentou ainda Domingos Simões Pereira.

Ao anunciar que o colectivo pretende realizar marchas nos dias 16 e 17 de Novembro no intuito de exigir que sejam cumpridos os acordos de Conacri, o líder do PAIGC preveniu o Presidente da República sobre uma eventual veleidade de decretar o Estado de Emergência de que “não depende apenas da sua vontade a decisão de enviar os militares às ruas para baterem nas pessoas que estão a manifestar." No mesmo sentido, também presente no comício, o presidente da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau, Nuno Nabiam, declarou que as marchas vão decorrer até que o Presidente José Mário Vaz aplique as exigências do colectivo.

Mais pormenores com Mussa Baldé.

01:12

Mussa Baldé, correspondente da RFI em Bissau

Refira-se ainda e por outro lado que em comunicado, o presidente do parlamento guineense, Cipriano Cassamá, disse hoje que no passado dia 1 de Novembro, "as instalações da Assembleia Nacional Popular foram alvo de uma tentativa de assalto, travado pelo corpo de segurança afecto a esta instituição, tendo sido causados danos materiais no edifício". De acordo com Cipriano Cassamá, o sucedido que foi apresentado como uma "ameaça de invasão à Assembleia Nacional Popular" veio de apoiantes do Presidente da República, do PRS e do grupo dos 15, o presidente da ANP lamentando ainda que perante esta situação, a comunidade internacional permaneça em "silêncio".

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