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Guiné-Bissau

Justiça guineense dá luz verde à realização do congresso do PAIGC

Depois de ter ficado suspensa no final da semana passada por uma providência cautelar apresentada por um grupo de militantes do PAIGC, a realização do nono congresso do partido maioritário na Guiné-Bissau foi mantida nas datas previstas, ou seja a partir desta Terça-feira até ao dia 4 de Fevereiro, em virtude de uma decisão judicial neste sentido.

Braima Camará, coordenador do "grupo dos 15" deputados expulsos do PAIGC
Braima Camará, coordenador do "grupo dos 15" deputados expulsos do PAIGC DR
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Com efeito, o Tribunal Regional do Norte da Guiné-Bissau emitiu hoje um despacho suspendendo os efeitos da providência cautelar apresentada por sete militantes do PAIGC com base no facto de terem sido alegadamente excluídos das conferências de base em que se escolheram os delegados que vão participar no nono congresso do partido. Em resposta a esta iniciativa, fontes judiciais indicaram que a direcção do partido apresentou um recurso para suspender os efeitos da referida providência cautelar, um recurso que foi aceite e perante o qual a parte adversa tem doravante oito dias para apresentar uma contra-alegação.

O PAIGC, partido maioritário na Guiné-Bissau, aborda por conseguinte os próximos dias de congresso num ambiente de controvérsia, numa altura em que a comunidade internacional e nomeadamente a CEDEAO estão a pressionar os actores políticos do país para encontrarem uma saída para a crise vigente há três anos. Esta crise tem-se reflectido a todos os níveis do aparelho político-institucional do país, nomeadamente dentro do PAIGC onde até agora continua o conflito desde 2015 entre a direcção do movimento e o chamado "grupo dos 15" deputados expulsos do partido.

Em vésperas de um novo congresso, estas divisões voltaram à tona. Em conferência de imprensa hoje, o coordenador do "grupo dos 15", Braima Camará, disse que esses deputados "estão dispostos a reintegrar as fileiras do partido" mas desde que seja com todos os militantes dissidentes. Neste sentido, Braima Camará apelou a "um consenso amplo" dentro do partido para responder aos desafios eleitorais que se avizinham.

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Coordenador do "grupo dos 15", Braima Camará, em declarações recolhidas pelo correspondente da RFI em Bissau, Mussa Baldé

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