Guiné-Bissau: o após Conselho de Segurança
Na Guiné-Bissau foi acompanhado com atenção o pronunciamento desta quinta-feira do Conselho de segurança da ONU. As Nações Unidas frisavam a importância de implementar o Acordo de Conacri e diziam-se disponíveis para avançar com as sanções caso em caso de agravamento da situação politica.
Publicado a: Modificado a:
O posicionamento do conselho de segurança perante sanções impostas pela CEDEAO a 19 personalidades guineenses está a merecer reacções diversas ao nível da população.
Os que estão do lado dos sancionados pela comunidade africana consideram que o Conselho de segurança não disse que vai aplicar as medidas, ou seja, limitou-se a dizer que tomou nota, os que concordam com as sanções dizem que já é um marco importante o facto de o conselho de segurança se ter debruçado sobre o assunto.
Na verdade, o Conselho de segurança mostrou-se mais uma vez preocupado com a crise na Guiné-Bissau, tendo repetido que o caminho para acabar com o impasse é o cumprimento do Acordo de Conacri, que passa, essencialmente, pela formação de um governo inclusivo.
Esse governo teria como missão fundamental a realização de eleições legislativas ainda este ano, eleições que terão que ser justas e transparentes, diz ainda o comunicado do conselho de segurança.
Hoje mesmo o Presidente José Mário Vaz fez saber que na próxima semana vai convocar os partidos com assento parlamentar para abordar sobre a data das eleições que o próprio quer que sejam em 2018.
Fonte da Comissão Nacional de Eleições garantiu à RFI que as eleições, na melhor das hipóteses, só podem ter lugar em novembro.
O Conselho de segurança também fez saber que para já não toma nenhuma medida, mas está disponível para avançar com as sanções caso haja um agravamento da situação politica na Guiné-Bissau.
Com a colaboração de Mussá Baldé em Bissau.
Correspondência de Bissau
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro